Recado das urnas

Editorial

Recado das urnas

Ao mesmo tempo em que políticos de partidos pequenos, em especial os vinculados ao candidato e deputado federal Jair Bolsonaro, foram o fenômeno da votação e conquistaram um espaço até então preenchido pelas siglas tradicionais, o eleitor do Vale do…

Ao mesmo tempo em que políticos de partidos pequenos, em especial os vinculados ao candidato e deputado federal Jair Bolsonaro, foram o fenômeno da votação e conquistaram um espaço até então preenchido pelas siglas tradicionais, o eleitor do Vale do Taquari, mais uma vez, pulverizou os votos e nenhum representante local chegou à Câmara federal ou à Assembleia Legislativa.
O mais perto de ter uma voz do Vale está com a reeleição do deputado estadual Edson Brum, morador de Encantado, mas de origem do município de Rio Pardo. Ainda assim, a queda no número de votos dele traz um indicativo importante. Há uma nova onda política consolidada.
O pleito para os parlamentos mostrou a dificuldade em garantir a representação política às cidades da região. No fim das contas, mais uma oportunidade perdida, pois estar distante das discussões cotidianas na Assembleia e no Piratini diminui a importância do Vale do Taquari. Coloca em segundo plano as demandas locais.
Exemplos do impacto dessa ausência são notórios e corriqueiros. Passa pela demora em obras de infraestrutura, pela má conservação das estradas e na dificuldade em conquistar verbas governamentais para investir em projetos regionais.
[bloco 1]
Cenário posto, cabe aos líderes de instituições sociais e políticas, tais como o Codevat, CIC-VT e Amvat, para citar três, ser o elo com os demais poderes. Essas organizações assumem o papel de defesa das demandas regionais. Realidade. O eco é menor do que se tivessem deputados eleitos para cobrar todos os dias ações em prol do Vale do Taquari.
Com relação ao fenômeno PSL dessa eleição, os dois mais votados para deputado estadual no RS são do partido de Jair Bolsonaro. O MDB e o PT são as siglas com mais representantes. Ainda assim, houve uma renovação de 50% nos nomes na Assembleia. Entre os que ficaram de fora, está Enio Bacci. Político com quase 30 anos de mandatos entre vereador, deputado federal e estadual.
Todos esses resultados apontam para um caminho. A imersão tecnológica, pois a campanha está cada vez mais nas redes sociais, nos grupos de WhatsApp e menos no rádio e na televisão. Os partidos tradicionais não viram isso acontecer e foram surpreendidos.

Acompanhe
nossas
redes sociais