O governo anunciou o leilão de bens sem utilidade que foram dispensados pelas secretarias municipais. Na semana passada, o vereador Carlos Eduardo Ranzi (PMDB) divulgou imagens de dezenas de berços, classes e outros itens que haviam sido descartados como sucata no Parque de Máquinas da Secretaria de Obras e Serviços Públicos (Seosp).
Ontem, a Secretaria de Administração convocou a imprensa para anunciar a realização de um leilão dos bens considerados inservíveis pelas secretarias. São móveis, automóveis e equipamentos que não funcionam ou não têm mais utilidade para a secretaria.
Em um depósito alugado, estão centenas de itens, como cadeiras, computadores, aparelhos de ar -condicionado, cadeiras de roda, geladeiras e outros. Há ainda veículos, que estão no Parque de Máquinas. Por lei, se o conserto custar mais da metade do valor estimado do item, ele deve ser descartado.
“Isso demonstra que a administração deveria ter o cuidado de realizar mais seguidamente”, afirma a secretária de Administração, Elisângela Ross.
O leilão não tem data marcada, mas deve ocorrer ainda este ano. Entre os 15 e 19 deste, as secretarias municipais podem solicitar esses bens. Após esse prazo, uma comissão formada por servidores vai listar e estimar valores das peças.
Elisângela garante que o procedimento já estava previsto antes da denúncia. Ela explica que a maior parte dos materiais estava sem utilização nas secretarias. O recolhimento começou em julho.
“Desde 2015, o município não realiza leilão. É muito comum fazer todo ano. Como é um procedimento rotineiro, se faz o edital e se vende”, conclui.
Berços estavam fora da validade
Em suas redes sociais, o vereador Ranzi afirmou que havia berços novos entre os descartes. De acordo com a secretária Elisângela, os itens descartados não tinham mais condições de uso. A vida útil deles é de dois anos. Os mais novos foram adquiridos em 2012.
“Quando a secretária Vera assumiu, foi um grande pleito das diretoras que desocupasse os prédios das escolas que guardavam os bens inservíveis. Estavam tirando espaço das crianças”, explica.
Ainda assim, os berços foram oferecidos para escolas. Como não houve interesse, foram descartados para serem vendidos como sucata.
Matheus Chaparini: matheus@jornalahora.inf.br