“Viajar é se libertar”

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“Viajar é se libertar”

Natural de Imigrante, Rafaela Trapp, 19, mora em Bad Waldsee, na Alemanha, onde atua como au pair. • Como surgiu a iniciativa de viajar? Tudo surgiu há muitos anos. Desde criança, me interessei pela história da minha família. Sempre tive…

“Viajar é se libertar”

Natural de Imigrante, Rafaela Trapp, 19, mora em Bad Waldsee, na Alemanha, onde atua como au pair.
• Como surgiu a iniciativa de viajar?
Tudo surgiu há muitos anos. Desde criança, me interessei pela história da minha família. Sempre tive curiosidade em saber de onde vieram, por que vieram e como era o local onde meus antepassados moravam. Desde os 7 anos de idade, tive interesse na língua alemã, vontade de falar como eles falavam: com fluência. O desenvolvimento da Alemanha depois da Segunda Guerra, bem como a própria guerra também sempre foram assuntos que lideraram a minha lista de curiosidades.
• Você sempre quis ser au pair?
A ideia de ser au pair, especificamente, surgiu em virtude do meu anseio em vir para Alemanha o quanto antes. De tentar descobrir coisas sobre o mundo, sobre outras culturas, outros pontos de vista, de descobrir o meu eu.
• E como é ser au pair?
Posso dizer que a experiência é simplesmente única. Costumo dizer que a vida aqui é parecida com uma montanha-russa, que ora sobe, ora desce, pode dar loopings, pessoas podem entrar no meio do caminho, outras podem sair, mas a gente continua até o final. Tem momentos em que a gente precisa apenas de nossa família, pois sente medo, necessita de amor, carinho e cuidados. Como qualquer ser humano. E tem outros momentos em que a liberdade é tamanha que a única coisa que tu precisa é olhar para o céu e agradecer por tudo. Agradecer pela natureza, pela água, pelo céu, pelo sol. Mas o mais importante de tudo acredito que seja o autoconhecimento. A gente aprende como deve ser com os outros para que sejamos companhias agradáveis, afinal, muitas vezes somos as únicas companhias que temos. Aprendemos que ter calma é fundamental e que organização é um dos quesitos mais importantes para o crescimento (pessoal, profissional). Essa experiência está sendo tão incrível, que faltam palavras para explicar o que sinto.
• O que essa experiência mudou na sua vida?
Posso dizer que eu vim para cá com a cabeça aberta, pronta para adquirir conhecimento, para conhecer pessoas vindas dos mais distintos lugares, para aprender a língua alemã e seis meses depois já me sinto outra pessoa.Aprendi a valorizar coisas que antes passavam despercebidas, aprendi que aquele ditado que diz que amigo a gente pode contar nos dedos é, de fato, real. Aprendi que as únicas pessoas que vão ser prestativas em qualquer momento da minha vida são aquelas que compõem a minha família. Aprendi a ser alguém melhor, tanto comigo quanto com o outro. E as experiências que eu adquiri, ninguém, jamais vai poder roubar de mim.
• Depois dessa experiência, pretende fazer outras viagens?
Sem dúvida alguma, pretendo ser uma eterna viajante. Viajar nos conecta às culturas, às pessoas, à natureza. Viajar ultrapassa sonhar, viajar é se libertar.

Ezequiel Neitzke: ezequiel@jornalahora.inf.br

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