Hora da decisão

Editorial

Hora da decisão

O primeiro turno neste domingo dará um indicativo do rumo para o país nos próximos anos. Entre a descrença com a classe política e a esperança por Brasil mais correto, desenvolvido e culto, respinga lama inclusive na democracia. Mas é…

O primeiro turno neste domingo dará um indicativo do rumo para o país nos próximos anos. Entre a descrença com a classe política e a esperança por Brasil mais correto, desenvolvido e culto, respinga lama inclusive na democracia.
Mas é essa democracia que garante a livre manifestação dos cidadãos, o direito de escolha e o atendimento das políticas públicas de amparo ao espectro social, seja no campo da assistência à população carente ou mesmo nas concessões de incentivos às empresas. Votar é um direito que não pode ser ignorado e a decisão da maioria precisa ser respeitada.
Em um país tão desigual, é preciso equilíbrio. O poder público tem obrigações com as quais falha com recorrência. Cobra muito e entrega pouco. Erros repetidos acabam com a paciência das pessoas e abrem margem para os extremismos, inclusive com movimentos antidemocráticos.
O Brasil, que foi apresentado ao mundo como o país do futuro, perde-se nas veredas do passado. Há quem procure nos anos obscuros da ditadura uma fórmula para corrigir os desvios de conduta dos políticos e dos próprios cidadãos.
Os problemas da nação são complexos e com fatores diversos. Passam pela burocracia do Estado, pelo sistema tributário arcaico e de difícil compreensão, pelos imbróglios sociais, pela baixa qualidade da educação, pela infraestrutura deficiente e tantos outros.
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Por mais que as discussões políticas tenham separado pessoas que pensam diferente, neste momento é preciso respeito, entendimento e união. Ser ativo na vida política nacional não tem relação com o número de publicações em redes sociais ou a disseminação de informações duvidosas nos grupos de whatsApp.
Entender de política e ter uma opinião válida sobre o tema tem relação com pesquisa, leitura, reflexão, visão de mundo e empatia. É enxergar para além do próprio umbigo. Conseguir distinguir o populismo das políticas imprescindíveis a toda a população. Saber o funcionamento do sistema de democracia representativa e a importância de também escolher bem os parlamentares.
Além disso, outro movimento necessário é acompanhar como os escolhidos se posicionam, como votam e quais trabalhos desenvolvem. Da mesma forma que o eleitor critica o político por aparecer só para pedir voto, também há o cidadão que só participa e fala de política na época da campanha. Votar não é uma obrigação, é um direito. Desse, a sociedade não pode abrir mão.

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