Falar sobre saúde pode dar medo em muita gente. E sobre o colesterol, então? Mas, apesar de sua má fama, esse lipídio participa de muitos processos metabólicos do organismo, como a produção hormonal, de ácidos biliares do fígado, formação da vitamina D, além de ter papel importante na membrana das células.
Segundo a nutricionista Eveline Bald, as lipoproteínas se classificam de acordo com sua forma e densidade, tendo funções específicas para cada uma. As mais conhecidas são o LDL colesterol (“mau colesterol”) e o HDL colesterol (“bom colesterol”).
“São encontrados em alimentos de fonte animal, como carnes, frutos do mar, ovos, leite e derivados. Mas há gorduras que podem contribuir para o aumento do colesterol, como frituras e gorduras industrializadas”, lembra.
Ela conta que o consumo excessivo de gorduras animais associado ao desequilíbrio alimentar e ao sedentarismo pode levar ao aumento dos níveis de gordura no sangue, elevando assim o risco de doenças cardiovasculares.
Segundo Eveline, o maior problema desse aumento do colesterol é que ele participa da formação de placas de ateroma nas paredes dos vasos e artérias e, quando ocorre a agressão nas camadas internas desses vasos, pode acarretar doenças crônicas como diabetes, hipertensão e desequilíbrio dos lipídios no sangue. Alterações da imunidade, estresse e demais processos inflamatórios também podem ter relação com a formação das placas de ateroma.
Em excesso, o colesterol pode causar problemas, mas a falta dele também é prejudicial ao organismo, porque ele auxilia em suas funções vitais.
“Deve haver um equilíbrio no consumo gorduras”, atenta Eveline. De acordo com a Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção de Aterosclerose, de 2017, a indicação de colesterol total é de 190mg/dl acima de 20 anos. Para a faixa etária de 2 a 19 anos, o ideal é 170mg/dl.
A nutricionista diz que, se os valores desse lipídio no organismo estiverem acima do recomendado, há risco cardiovascular. Isso pode ter a ver com a genética, hábitos de vida e alteração do uso de medicamentos. O ideal é consultar com profissionais da área e seguir as orientações.
Caso haja o aumento dos níveis de gordura no sangue, ou a hipercolesterolemia, é necessário melhorar o hábito alimentar, com controle do colesterol e gorduras saturadas, e da inserção de gorduras saudáveis como azeite de oliva, peixes, abacate e oleaginosas.
Outra dica é consumir fitoesteróis, presentes em óleos vegetais, que são alimentos enriquecidos, castanha, vegetais, fibras e modificar do método de preparo de alguns alimentos, como a troca de frituras por assados.
A prática de exercícios físicos regulares também é fator importante para a manutenção ou recuperação da saúde
