A população vê atônita o avanço da criminalidade. Mortes violentas, assaltos a instituições bancárias, furtos e por aí vai. O sistema cada vez mais fragilizado aprisiona o cidadão e alimenta a impunidade. A falta de planejamento eficaz da gestão pública fortaleceu os poderes paralelos.
O crime tomou conta das ruas e, infelizmente, trabalha de forma mais organizada do que o próprio Estado de direito. Faz tempo, a sociedade clama por medidas mais austeras, mas vê o crime organizado alastrar tentáculos e avançar sobre as cidades do interior.
Diante dessa inversão de valores e de abalo institucional, o uso da tecnologia surge como um alento. A implantação de uma central de inteligência em Lajeado, capaz de reunir informações por meio de um sistema integrado de videomonitoramento avança a cada dia. A mais recente reunião ocorreu ontem, em Porto Alegre, onde grupo de líderes regionais buscou parceiros e recursos para construir a central em Lajeado.
Ainda que oferecer segurança aos cidadãos seja obrigação do Estado, é unânime a opinião e o desejo dos prefeitos em criar um cercamento eletrônico eficiente, a exemplo do que fez o município de Estrela. São mais de 20 câmeras em funcionamento 24 horas por dia que captam imagens detalhadas sobre toda movimentação nas ruas da cidade e permitem ações e intervenções imediatas das autoridades policiais.
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Nessa terça-feira, por exemplo, a polícia recuperou uma caixa de ferramentas furtada em uma obra. As câmeras flagraram o ladrão caminhando com a caixa de equipamentos, avaliada em R$ 500, e o prenderam horas depois.
O caso reforça a ideia de criar uma central de inteligência em Lajeado, capaz de concentrar informações e imagens captadas em todo o território regional. E que, ao mesmo tempo, o sistema esteja integrado ao do comando estadual.
Sabe-se da crise financeira que assola o Estado do RS. Na esfera municipal, o cobertor também está cada vez mais curto. Mesmo assim, exige-se um esforço e uma articulação regional rápida para implantar a central e o sistema de monitoramento. Frente ao crescimento da violência, ergue-se a necessidade de qualificar a atuação das polícias e, principalmente, investir em sistemas inteligentes. Afinal, o crime organizado não se combate com estratégias amadoras e antigas.
Editorial
Apoio para central de inteligência
A população vê atônita o avanço da criminalidade. Mortes violentas, assaltos a instituições bancárias, furtos e por aí vai. O sistema cada vez mais fragilizado aprisiona o cidadão e alimenta a impunidade. A falta de planejamento eficaz da gestão pública…