O Dia Internacional do Idoso, celebrado nesta segunda-feira,1º de outubro, é um momento adequado para refletir sobre o futuro da sociedade. Pesquisas são indicativos do que se avizinha nas próximas décadas. Ao que parece, até 2030, o RS terá mais pessoas idosas do que crianças.
Com as mudanças etárias, o país deve passar por profundas transformações socioeconômicas. A Previdência Social tende a sucumbir. Em meio ao momento de instabilidade no país, em que há uma reforma em curso no Congresso, urge a necessidade de envolvimento e participação social no debate e na vigilância sobre os rumos do sistema previdenciário.
O perfil do aposentado também será outro. A cada ano, cresce a importância desse grupo. Os idosos movimentam mais de R$ 1,8 bilhão na economia gaúcha por mês. Muitas vezes, são os chefes da família. Esse envelhecimento demográfico é complexo e traz análises positivas e negativas. Por um lado, a longevidade é resultado de uma melhoria na qualidade de vida e nos serviços de saúde. Na outra ponta, significa a necessidade de mais verba para o sistema de atendimento em saúde.
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Nos novos tempos, a tendência é de famílias cada vez menores. Isso tem relação com a exigência de mais com menos, de aproveitamento do tempo e do pensar a carreira profissional. O mundo do trabalho sente esse impacto. Tanto no campo como na cidade, cada vez menos interferência humana e mais tecnologia. Máquinas substituem aquela mão de obra com menos qualificação. Processo avançado na Europa e cada vez mais presente no Brasil.
Do ponto de vista do futuro da nação, significa dizer que o país está envelhecendo e mais rápido do que se esperava. Até 2050, a previsão é de que o total de idosos chegue a 30% da população, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). Hoje está próximo dos 13%. Já no Vale, de acordo com o IBGE, pessoas acima dos 60 anos correspondem a mais de 20% dos habitantes nas 38 cidades.
Frente à estimativa do IBGE de que o total de idosos tende a triplicar nos próximos 40 anos, é imperioso estabelecer políticas públicas direcionadas. Seja no atendimento diferenciado em saúde, em programas de bem-estar, lazer e entretenimento, ou mesmo na formação profissional e na geração de postos de trabalho para esse público.
Editorial
Olhar o passado para fazer o futuro
O Dia Internacional do Idoso, celebrado nesta segunda-feira,1º de outubro, é um momento adequado para refletir sobre o futuro da sociedade. Pesquisas são indicativos do que se avizinha nas próximas décadas. Ao que parece, até 2030, o RS terá mais…