A administração de Arroio do Meio deve iniciar na próxima semana a reinstalação da “goleira” localizada no acesso à Ponte de Ferro. A estrutura serve para evitar o tráfego de veículos pesados sobre a estrutura histórica. A última reforma completa do local foi realizada em dezembro do ano passado.
Apesar do problema no lado arroio-meense, não há tráfego de caminhões sobre a ponte neste momento. Isso porque o delimitador de altura instalado no lado de Lajeado ainda está parcialmente inteiro, embora também apresente danos.
O material já foi encaminhado para a reforma e será reinstalado nos próximos dias, informa o coordenador de Serviços Urbanos da prefeitura, Airton Schmidt. Ele também coordenou a reforma realizada em dezembro passado, quando todos os pranchões de madeira que apresentavam avarias foram trocados. Hoje, há novos buracos e desníveis nas madeiras.
Odair Zanchetti é motoboy e passa pelo local todos os dias. Além de alguns buracos, ele reclama da insegurança em dias de chuva. “É muito liso, escorregadio, mesmo. O risco de eu cair e machucar uma perna é muito grande”, reclama. Além disso, ele se queixa da falta de atenção dos motoristas para com a estrutura que delimita a altura. “É só ‘passar’ devagar’.”
Naquela reforma, também foram trocados postes e luminárias e instaladas as novas lâmpadas de LED. O mesmo foi realizado pelo governo de Lajeado no início do ano. A estrutura de 79 anos instalada sobre o Rio Forqueta interliga a av. Alberto Pasqualini, em Lajeado, à Estrada Velha (rua Marechal Floriano Peixoto), em Arroio do Meio.
Sequência de reformas
Inaugurada em 1939, a Ponte de Ferro entre Arroio do Meio e Lajeado é um dos cartões-postais do Vale do Taquari. Antes dos serviços realizados em dezembro passado, houve também um investimento na troca de madeira em agosto de 2016. Antes disso, a última grande reforma ocorrera em 2011, quando ambas as administrações municipais custearam a troca de toda a estrutura de madeira. Foram gastos cerca de R$ 50 mil.
Além das novas vigas, algumas peças de ferro foram substituídas. Tal investimento foi necessário após um caminhão causar série de avarias na estrutura. Em função da reforma, o tráfego de veículos sobre a ponte ficou suspenso por quase um mês. Antes disso, os governos gastaram, em 2006 e 2007, R$ 118 mil na reestruturação da passagem.
Rodrigo Martini: rodrigomartini@jornalahora.inf.br
