Em reunião na manhã de ontem, a Acil e o Sindicato dos Comerciários participaram do debate promovido pelo Sindilojas e CDL no gabinete do prefeito Marcelo Caumo.
Os encontros, que tornaram-se semanais, têm objetivo de encontrar alternativas para combater o comércio irregular que se abarrota pelas calçadas da rua Júlio de Castilhos, no centro.
“A Acil é contra o comércio ilegal, pois prejudica o comércio formal, lesa, ao mesmo tempo, os comerciantes e os comerciários e tem, como consequência, a redução na arrecadação de impostos”, explica o vice-presidente de relações da entidade, Cristian Bergesch.
A lei
De acordo com a legislação municipal, a atuação dos ambulantes é regulamentada, desde que a venda não seja nas calçadas das ruas Júlio de Castilhos, Bento Gonçalves e nas transversais, assim como nas avenidas Senador Alberto Pasqualini e Benjamin Constant.
“A lei ter que ser cumprida”, enfatiza o presidente do Sindilojas Francisco Weimer.
Para o Sindicato dos Comerciários, como representantes do setor, aderir a discussão é um passo importante para buscar alternativas aos ambulantes.
“Além de atrapalharem no fluxo dos pedestres nas calçadas, ambulantes acabam também prejudicando o comércio formal”, diz Marco Daniel Rockembach, presidente do sindicato.

Ações contra o comércio ilegal serão concentradas na rua Júlio de Castilhos, local onde ambulantes são proibidos
Problema complexo
Segundo o prefeito Marcelo Caumo, o imbróglio envolvendo o comércio irregular no centro passa por quatro pontos centrais: comércio clandestino sem alvará e com mercadorias irregulares; ambulantes com alvará, mas que vendem o produto em local irregular; comércio de mercadoria regular, mas ambulantes sem alvará; e ambulantes de alimentos.
“No momento, nosso foco são ações no comércio irregular da rua Júlio de Castilhos”, afirma Caumo.
Nas reuniões, realizadas desde o início do mês, o Executivo e entidades ligadas ao comércio formal estabelecem série de medidas a serem implementadas no decorrer de outubro e novembro, tais como:
Ação do setor de inteligência da Brigada Militar com Polícia Civil para investigar quem abastece o comércio irregular.
Revisão do decreto municipal, em que passará a ser tolerado ambulantes comercializarem produtos no Parque dos Dick e na Praça do Chafariz.
“Ao mesmo passo em que temos que oportunizar e compreender o momento de muitos imigrantes que vivem disso, precisamos de alternativas para que ambulantes não prejudiquem o comércio formal”, diz Caumo.
Cristiano Duarte: cristiano@jornalahora.inf.br