Jonas Lehnen, João Paulo Scheidt e Júlio César Schorr encararam o frio e longas distâncias em meio à areia dos salares na segunda semana de viagem pela América Latina. Na segunda-feira, dia 10, os integrantes do Moto Grupo Lobos do Vale acamparam no meio do Salar Uyuni. O termômetro marcava 1°C.
Mais dificuldade acabou sendo registrada na terça-feira, 11, quando os aventureiros chegaram ao Salar de Coipasa. O GPS travou na imensidão de areia. Sem estradas, eles tiveram de percorrer rastros de veículos até que o sistema voltasse a funcionar. “Por sorte, estávamos indo no caminho certo”, conta Lehnen.
No fim do dia, o grupo chegou em Pisiga, distrito municipal da Bolívia que faz fronteira com o Chile. “Uma das piores cidades que já visitei em minhas viagens. Muito lixo, fezes nas ruas e cheiro de urina por tudo”, comenta.
A quarta-feira, 12, iniciou com viagem pelo Chile. Os motociclistas passaram pelo Parque Nacional Surire. Nas Termas de Polloquere, o grupo aproveitou para tomar banho. Ainda naquele, os motoqueiros entraram novamente na Bolívia pelo Passo Chungara e se deslocaram até Sajama.
Na quinta-feira, 13, os termômetros de Sajama marcavam -6°C. Os motociclistas conheceram o parque nacional que leva o nome da cidade, encararam trechos a 4,7 mil metros acima do nível do mar até chegarem a cidade de Coroico.

Motociclistas do Vale nas proximidades do Nevado Sajama, monte mais alto da Bolívia com 6,5 mil metros de altitude
“Agora pretendemos subir a Estrada da Morte e depois retornar à La Paz (capital da Bolívia)”, relatava Lehnen na última mensagem encaminhada por WhatsApp, às 21h40min da quinta-feira.
Até aquele momento, eles já haviam percorrido 3,4 mil quilômetros de motocicleta por quatro países da América Latina. Até a próxima semana, o grupo deve retornar ao Brasil.