A prioridade do PT sempre foi o Lula. No passo seguinte, o próprio PT. E por último, o país.
Isso ficou um pouco mais evidente do que nunca no decorrer desta eleição.
No país onde…
Um sujeito não vai para debate porque está preso por corrupção e lavagem de dinheiro.
O capitão não vai para o debate porque foi esfaqueado pela xerenga de um maluco que agora é defendido por quatro advogados que aproveitaram a propaganda quase gratuita.
Outro magrão não vai para o debate porque está fazendo jejum em um monte, orando contra superstições criadas por si próprio.
Mas vamos lá…
Aqueles que de fato se preocupam em enfrentar e barrar Jair Bolsonaro já estavam sabidos, carecas e ressabiados dessa possibilidade há muito meses.
Lula foi julgado em primeira e segunda instância. Teve recurso negado no STF. A candidatura barrada no Tribunal Superior Eleitoral.
– Ah, mas não teve prova – diz um barbudinho de coque, camiseta vermelha e sandálias de couro.
O que esperavam? Que Lula assinasse papéis declarando de próprio nome o real projeto que tinha para si mesmo em nome do país?
Não bastou ter deixado Eduardo Cunha e Michel Temer em sua linha sucessória pra declarar o nível de corrupção em que se submeteu pra não largar o osso?
Ou uma base aliada que custou os Correios, Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e por aí afora.
Com tantos candidatos para todos os lados, o PT se autointitula como a única possibilidade à esquerda. Para manter sua hegemonia, abraça Malufs, Collors, Renans e Sarneys.
Partido que cresceu apontando defeito para os outros, pouca reflexão faz sobre si.
Por exemplo.
Convenhamos que, depois do impeachment, ninguém discutiu o legado de Dilma, que nada mais foi do que endividamento público, recessão, desemprego e concentração de renda.
A mesma arrogância impacta mais uma vez na decisão do presidente da República.
Fato é que Jair Bolsonaro estará no segundo turno. Alckmin e Marina ficarão no limbo.
Contra o candidato do PSL ficará Ciro ou Haddad. Mas Ciro Gomes vai ter que ganhar eleitores do PT sem falar mal do Lula.
Sendo que agora Lula é Haddad. Haddad é Lula.
Que papo de louco estes marqueteiros. Mas parece ter surtido efeito.
Ciro não poderá falar mal do Lula. Lula é o PT. O PT, o PT é Lula.
Xeque-mate.
Caberá ao Ciro Gomes derrubar o poste sem quebrar a lâmpada.
Se conseguir.
Haddad mostrou sua fragilidade na primeira apresentação no Jornal Nacional. Fraco e com teto de vidro, devido à sua péssima avaliação enquanto prefeito de São Paulo, a maior cidade do Brasil, sendo derrotado de forma inédita no primeiro turno.
A base aliada desta candidatura de Haddad é a mesma em 2014, a qual o partido diz ter sido vítima de golpe.
Esta é a famigerada radicalidade no discurso e com aquela conciliaçãozinha conservadora de fundo?
Sem gelo.
O futuro é difícil de prever.
Quanto mais se fala mal de Bolsonaro, mais ele cresce.
Com o PT, a mesma coisa acontece.
Desjoia na obra
Alguns motoristas não tiveram a paciência necessária na manutenção do asfalto na Benjamin. Calma. Valeu a pena a espera.
SOMOS FEITOS DE CIDADE
(SEM LEGENDA)
