Governo e lojistas querem coibir comércio ambulante

Lajeado

Governo e lojistas querem coibir comércio ambulante

Reunião na próxima semana debate formas de reduzir a venda irregular no centro

Governo e lojistas querem coibir comércio ambulante
Lajeado

O Sindilojas e a CDL querem efetividade do governo sobre o comércio ambulante. Pela lei municipal, a atuação desse tipo de profissional é regulamentada, desde que a venda não seja nas calçadas das ruas Júlio de Castilhos, Bento Gonçalves e nas transversais, bem como nas avenidas Senador Alberto Pasqualini e Benjamin Constant.

O presidente da CDL, Heinz Rockenbach, reforça a necessidade dos setores empresariais e município encontrarem uma solução. “É preciso inibir um pouco essa venda ambulante. Não temos nada contra aqueles que estão regulares, mas está crescendo demais o número de clandestinos na rua central de Lajeado.”

Francisco Weimer

Na avaliação dele, o tema é complexo, pois envolve uma situação social e também de direito dos empresários com estabelecimentos físicos. “Há vários aspectos para serem analisados. Também perpassa a questão do contrabando, pois há dúvidas com relação à origem dos produtos.”

“Não vamos mais pedir, vamos exigir uma solução para isso”, realça o presidente do Sindilojas, Francisco Weimer. Segundo ele, a reclamação dos empreendedores é diária. “Temos casos em que os produtos vendidos pelos ambulantes competem com os estabelecimentos.” Weimer destaca que há todos os tipos de itens, desde óculos, relógios, roupas, capas de celulares até alimentos expostos na área central da cidade. “Caminhar na rua central virou uma corrida de obstáculos.”

Na próxima segunda-feira, 17, às 8h30min, os representantes dos lojistas se reúnem com o governo municipal. O encontro foi agendado pelo prefeito Marcelo Caumo, após uma série de reclamações dos associados à CDL e ao Sindilojas.

“Temos de fugir dos fiscais”

Ações da fiscalização municipal costumam gerar reação da comunidade. Em alguns episódios, as pessoas ficam ao lado dos ambulantes. Houve casos em que pessoas tiveram de responder p

Para grupo de empresários, o ideal seria criar um espaço aos ambulantes

Para grupo de empresários, o ideal seria criar um espaço aos ambulantes

or desacato às autoridades, relata o presidente do Sindilojas, Francisco Weimer.

Muitos dos vendedores ambulantes são imigrantes, senegaleses na maioria. No ano passado, o governo promoveu uma série de reuniões para orientá-los sobre as obrigações legais, desde a necessidade de regularização junto à Secretaria da Fazenda, como na lei município que proíbe a venda nas ruas mais movimentadas.

 

“Não houve um resultado prático”, afirma Weimer. O representante dos lojistas afirma que desde dezembro do ano passado é tentada uma reunião com as autoridades municipais. “No ano passado, foi formada uma comissão para debater formas de coibir a atuação dos clandestinos, mas só se encontraram uma vez, em novembro passado”, diz.

Para ele, o ideal seria criar um espaço próprio para os ambulantes. Inclusive, o Sindilojas sugeriu um local em área próxima à Praça da Matriz, afirma Weimer.

Essa ideia é considerada ideal por alguns ambulantes. “Assim poderíamos trabalhar sem medo.” Dois imigrantes senegaleses que expõem em uma esquina da rua Júlio de Castilhos preferem não dizer o nome. “Tendo um lugar determinado e com um preço em conta para nos regularizarmos, conseguiríamos nos sustentar.”

Segundo eles, o dia a dia é de medo de perder os produtos. “Se vem a fiscalização, temos de nos esconder. Quando estão na rua, temos de fugir dos fiscais.”

Filipe Faleiro: filipe@jornalahora.inf.br

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