Reflexoterapia

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Reflexoterapia

Com ligações nervosas a todas as partes do corpo, os pés podem ser uma porta de entrada para tratamento de doenças físicas e emocionais

Reflexoterapia

Apesar de muitas vezes esquecidos, os pés são importantes aliados da saúde. Eles têm mais de 70 mil terminações nervosas, além de 114 ligamentos. Muito além de dar sustentação, equilíbrio e permitir que nos movimentemos com agilidade e segurança, as terminações nervosas dos pés estão interligadas a toda a estrutura corporal, facilitando o acesso e certos diagnósticos das desordens na saúde física e emocional.

Os primeiros a descobrir a ligação dos pés com a saúde e o bom funcionamento do restante do organismo e mente foram os antigos povos da China, Índia e Mesopotâmia. Para eles, os pés eram como uma espécie de reflexo do corpo.

Conforme a reflexoterapeuta Vani Sbaraini, as terminações nervosas dos pés também são conhecidas como zonas reflexas, capazes de estimular o fluxo energético do corpo. “Por estarem diretamente associadas ao bom funcionamento do organismo, quando estimuladas, as terminações podem auxiliar no tratamento de diversos problemas de saúde e desordens físicas e mentais”, explica.

reflexologia-podal

Ao longo de muitos anos, estudou-se a ligação de cada grupo de terminações nervosas dos pés com os órgãos, vísceras e características emocionais das pessoas. A partir disso, foi possível criar um mapa no qual cada região corresponde a um ponto específico do corpo. “A reflexologia podal é uma terapia que estimula por meio de pressão e calor os pontos terminais nervosos dos pés a fim de aliviar dores, curar doenças, tratar disfunções emocionais e trazer de volta o bom funcionamento do organismo”, esclarece.

Como funciona

Na prática, o reflexoterapeuta avalia tridimensionalmente cada pé do paciente. De acordo com Vani, essa região do corpo apresenta determinados sinais, marcas e expressões que se observadas e tocadas terapeuticamente servem como avaliação da saúde corporal. “Esses sinais nos dão indícios de como está funcionando aquele organismo em desequilíbrio e, a partir do diagnóstico, é possível traçar um tratamento mais apropriado para correção”, diz.

Na reflexoterapia, o paciente passa por algumas fases no atendimento. “Primeiro faço uma avaliação visual nos pés, passando para uma técnica de desbloqueio pessoal para, só então, iniciarmos os estímulos pontuais e diagnósticos iniciais”, acrescenta.

Por se tratar de uma terapia que leva em conta tanto o físico quanto o emocional, é comum que os pacientes se emocionem, tenham lembranças e fiquem de frente com os seus problemas, inseguranças e medos. “Nos últimos anos, as pessoas têm apresentado muito mais problemas emocionais do que físicos. Isso provavelmente ocorre em função do estresse e pressão vividos diariamente. As emoções negativas também afetam o nosso corpo, desregulam o nosso sistema e potencializam dores e sofrimento”, avalia.

As desordens emocionais são as causas mais frequentes que levam as pessoas ao consultório da reflexoterapeuta. “Eu conheci a reflexoterapia quando passava por uma séria depressão pós-parto. Tomava diversos remédios controlados e só piorava. Resolvi optar por uma medicina alternativa e me curei. Desde então, me interessei pela terapia e hoje sou eu quem auxilia os pacientes a melhorar de vida”, relembra.

Vani Sbaraini, Reflexoterapeuta

Os estímulos, entre outras finalidades, ajudam no funcionamento de glândulas como a hipófise, que controla a produção de hormônios, e o hipotálamo, responsável por diversas funções do corpo como o sistema nervoso, o controle da temperatura, da regulação dos processos de sede e fome, também agindo no controle das emoções e comportamento. “Os estímulos são sentidos na hora. Dependendo do caso, o paciente chega a suar em grande quantidade, tem o sistema cardiovascular acelerado e as emoções afloradas. Cada caso tem suas reações”, conta.

A novidade trazida para Lajeado recentemente já conquistou cerca de 80 pacientes. “As pessoas sentem necessidade de se tratar sem precisar serem agressivas com o corpo. Elas querem cada vez menos precisar utilizar medicamentos fortes e controlados”, diz. E essa busca por saúde sem efeitos colaterais está crescendo a ponto de a terapeuta abrir uma clínica própria, o que deve ocorrer na primeira quinzena do mês.

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