Carentes de políticas públicas, reconhecimento e incentivo, professores enfrentam dificuldades para exercer a atividade. Idealizado pelo jornal A Hora, o Programa Ensino e Educação (PENSE) consiste em valorizar a atuação e a relevância do professor a partir de uma rede de relacionamento, palestras e inovações dentro e fora das salas de aula.
O PENSE contemplará dez professores e cinco escolas com cursos, aquisição de equipamentos, viagens de estudos e financiamento de projetos. O Centro Regional de Oncologia (CRON) apoia a iniciativa e se envolve diretamente com o projeto.
Médico oncologista do CRON, Hugo Schünemann, atua na área faz mais de 30 anos. Ele conta por que o Centro acredita no projeto. “Quando comecei a trabalhar como oncologista, essa área era um fracasso. A maioria dos pacientes morria em pouco tempo, mas graças às pessoas que acreditaram no futuro os índices melhoraram muito. Portanto, o CRON apoia o projeto PENSE porque ele fala do futuro. O CRON acredita no PENSE porque o CRON acredita no futuro”, declara.
Para o médico, a educação é o pilar da sociedade esquecido ao longo do tempo, considerado um agente transformador. “Eu não sei como o CRON vai estar em 30 anos, mas eu imagino o PENSE tão grande que vai ter modificado o Vale do Taquari. E ter feito parte dessa transformação é o que nos motiva a viver”, ressalta.
Padrinho do programa, o ator e professor Werner Schünemann prestigiou o lançamento da ação e palestrou sobre o tema. “A educação é o princípio da nossa sociedade contemporânea. Da maneira como estamos nos conduzindo para o futuro, não há outra forma a não ser com educação.”
Na realidade brasileira, Werner salienta a falta de atenção do poder público para com o sistema educacional. “O que o PENSE nos proporciona é nos questionarmos: vamos pensar para onde estamos indo? Quais são as nossas necessidades quando falamos de educação? E o projeto não é imediatista, ele é muito mais amplo e vai colher frutos aos poucos. É uma opção moderna pós-contemporânea que aponta possibilidade de um mundo de qualidade e das relações humanas melhoradas” analisa.
Nathália Lauxen: nathalia@jornalahora.inf.br