Insatisfeita com as categorias usuais de silhueta descritas pela indústria da moda, a pesquisadora Cris Bemvenutti decidiu estudar mais a fundo os formatos do corpo feminino. Achando pouco e ineficientes os costumeiros tipos de corpo definidos como oval, triangular, ampulheta, retângulo e pera, a profissional estudou por quatro anos e definiu que existem, pasme, cerca de sete milhões de formatos de silhuetas femininas.
Conforme ela, as soluções prontas de vestimenta de acordo com os cinco formatos básicos não eram eficientes de fato. “Com esse objetivo desenvolvi um conceito único que avalia a silhueta feminina nas suas três dimensões: horizontal, vertical e de perfil”, conta.
O diferencial da pesquisa de Cris foi transformado em um livro, Enfim Vestida de Mim, de quase 340 páginas. “O que é útil de verdade é a integração das informações de cada tipo de corpo. Percebi o quanto cada parte do corpo interage com a outra e essa junção é o caminho para que todas convivam em harmonia”, diz.
A autora encontrou na equação “autoconhecimento + entendimento sobre a percepção do cérebro humano” a fórmula ideal na qual cada parte do corpo refere-se ao estudo de uma dimensão do corpo.
Avaliando o seu corpo
Dividida em três partes, a avaliação leva em conta todas as três dimensões do corpo. Enquanto as definições genéricas como ampulheta, por exemplo, levam em consideração apenas a pessoa vista de frente, uma mulher com mais ou menos volume no bumbum vai ter que mudar a escolha das peças de roupa conforme sua vista de perfil. Isso porque o tamanho do bumbum muda o ajuste das roupas no corpo, tornando-as, por exemplo, mais compridas ou mais curtas.
Foi pensando nessa grande quantidade de combinações que Cris desenvolveu o modelo XHOVA-S8-P3. Apesar do nome complicado, a equação é bem útil quando se trata de harmonia ao se vestir. Você sabe de fato o que te valoriza.
Primeiro se analisa o torso, localizando três regiões essenciais: ombros, cintura e quadris. Em seguida, a proporção entre a medida da cabeça e o tronco, sendo possível equilibrar tudo por meio de pequenos ajustes no comprimento das roupas.
E por fim se olha para a silhueta tridimensional, trabalhando com o volume de seios, abdômen e bumbum. “Não existe uma medida ideal para cada parte do corpo, mas sim uma proporcionalidade quando comparamos o volume de cada área ao todo”, finaliza a autora.