Os perigos e ameaças em torno da superexposição provocada pelos canais virtuais, especialmente pelas redes sociais, alimentam discussão mundo afora. O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, prestou depoimento ao Congresso dos EUA, sobre os recentes escândalos, especialmente vazamento de informações e as possíveis interferências da rede social nas democracias e eleições pelo planeta.
Empresa construída sobre o mote “Move fast and break things” (Mova-se rápido e quebre coisas, em tradução livre), mostrou fragilidade ao não garantir proteção aos internautas. Justo em um dos pontos mais defendidos pelo presidente da organização, de que o Facebook é seguro e nunca haveria vazamento de dados.
Com um alcance global, a empresa de Zuckerberg congrega dados de mais de 2,1 bilhões de pessoas. O serviço gratuito aos usuários implica um questionamento moral. Como disse o principal criador do WhatsApp, Jan Koum, aos internautas: “Quando publicidade está envolvida, você é o produto.”
Vale lembrar, com os detalhes dos usuários, se disseminaram fake news para aumentar a influência do então candidato Donald Trump durante a corrida eleitoral americana. Trata-se de uma ameaça virtual, com sérias consequências. A Hora prepara reportagem especial para o fim de semana sobre o impacto das notícias falsas para fortalecer ou denegrir determinados grupos, ideologias, conceitos, partidos, políticos e candidatos.
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Em meio à imersão tecnológica, os eleitores têm mais informações sobre a vida política das autoridades. Nas redes sociais, publicações credíveis se misturam com informações distorcidas. Resultado: confusão e mentiras propagadas como um rastilho de pólvora.
Essa má propaganda, astuta e imoral, prejudica sobremaneira o avanço da democracia. Extrapola os direitos da liberdade de expressão, propaga a intolerância e o preconceito.
A internet é, e sempre deve ser, um ambiente livre. Mas isso não significa uma terra sem lei. O que vale para a convivência nas ruas também precisa ser aplicado nas redes sociais.
Os meios digitais influenciam cada vez mais no debate público. Em meio a essa transferência do embate, o internauta deve estar vigilante e atento. Analisar a procedência das informações, pois o avanço tecnológico e de comportamento do eleitor nas redes sociais é muito mais veloz do que a capacidade de fiscalização da Justiça.
Editorial
Alerta que vem das redes
Os perigos e ameaças em torno da superexposição provocada pelos canais virtuais, especialmente pelas redes sociais, alimentam discussão mundo afora. O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, prestou depoimento ao Congresso dos EUA, sobre os recentes escândalos, especialmente vazamento de informações…