A lição dos voluntários

Editorial

A lição dos voluntários

O Viva o TaquariAntas Vivo, desenvolvido por voluntários de diversos segmentos, é uma provocação à sociedade. Uma provocação para fazer pensar sobre sustentabilidade. Os voluntários são agentes de transformação. Marcam território para que toda a população olhe com mais atenção…

O Viva o TaquariAntas Vivo, desenvolvido por voluntários de diversos segmentos, é uma provocação à sociedade. Uma provocação para fazer pensar sobre sustentabilidade. Os voluntários são agentes de transformação. Marcam território para que toda a população olhe com mais atenção para os mananciais hídricos.
Talvez a ação mais midiática seja a limpeza das margens do rio. Uma iniciativa simbólica, pois em uma manhã é impossível retirar todo o lixo depositado. O alerta do Viva o TaquariAntas deixa claro que a poluição e o desperdício de água precisam acabar, pois, diferente do propagado no passado, o recurso responsável pela vida no planeta é finito.
Um enredo que pode parecer ficção. Mas é real. Estudiosos alertam para um futuro obscuro. Estimativas apontam que 2/3 da população do globo não terá água potável até 2025.
Ainda que 2/3 do planeta seja coberto por água, uma quantidade pequena pode ser consumida. De toda a água existente, 97% está nos mares. Apenas 2,5% é doce. Desse total, 2% está nos polos, geleiras e aquíferos. Sobra 0,5%, onde estão arroios, lagoas, lagos e rios. Nesses locais, a extração é mais fácil.
No manancial potável, a ação do homem tem cada vez mais impacto. A poluição, o desperdício da água tratada que chega às casas e a má distribuição do abastecimento são um erro contínuo. No Brasil, país privilegiado por ter a maior disponibilidade de água potável no mundo (cerca de 11% do total), os três problemas relatados acima são comuns e rotineiros.
Na distribuição, a maior parte do recurso está na Região Norte. A poucos quilômetros, o Nordeste sofre com escassez de água, tal problema de ordem natural, geográfico e histórico. Os outros dois, ligados à ação dos homens.
O saneamento básico, no tratamento dos efluentes, é pífio. Por dia, milhares de litros de esgoto correm para os rios e arroios do país. Na região, conforme análise do Comitê Taquari-Antas, a água do Rio Taquari seria só para navegação.
Frente aos desafios de garantir a perpetuação da espécie, é fundamental rever comportamentos. Promover mais conscientização à preservação das fontes naturais e também a adoção de políticas públicas viáveis para garantir a democratização do saneamento básico e o acesso à água para toda a população.

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