A investigação sobre agentes públicos de Teutônia paralisa o governo e reforça o sentimento de descrença da sociedade com a política. No esquema, o Ministério Público (MP) aponta irregularidades no primeiro ano da gestão do atual prefeito Jonatan Brönstrup.
Quatro pessoas são apontadas no processo, tendo como líder o ex-prefeito Ricardo Brönstrup, pai do atual mandatário do Executivo. O ambiente na cidade com menos de 30 mil habitantes está tenso. Para alguns, o governo chegou ao fim.
Os movimentos estão em curso. No Legislativo, a oposição quer o afastamento do prefeito e do presidente do parlamento. Nesse cenário, difícil acreditar que Brönstrup filho chegue ao fim do mandato. Resta aguardar os próximos episódios.
Pelas informações do processo, no despacho do Judiciário, constam crimes graves, daqueles que os eleitores estão acostumados a ouvir quando se trata de Brasília, são: organização criminosa, corrupção, fraude em licitações, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e até ameaça de morte.
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As suspeitas trazem a público provas de que a corrupção não está restrita aos grandes centros. Como escrito neste espaço, quando do início da operação, “o sistema político existente ao lado do oportunismo e da desfaçatez de governantes alimentam práticas nefastas, que corroem o dinheiro público.”
Ao longo dos últimos anos, as manifestações deixaram claro o descontentamento com o chamado “jeitinho brasileiro”. Para muitos, se tratou de um sinal. Uma mudança de comportamento. Mostrou uma necessidade de construir um país com uma nova classe política.
Mas a corrupção é endêmica. Não está só na classe política. Esse mal está impregnado na nação. Formas de burlar as leis e levar vantagem aparecem em todos os segmentos da sociedade.
Como o jurista, político, diplomata, escritor, filólogo, tradutor e orador Ruy Barbosa sentenciou: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”
