O problema no tratamento de água no Aterro Sanitário de Lajeado está sendo resolvido. Desde que assumiu a operação, em setembro do ano passado, a empresa lajeadense M2K Technology transforma, diariamente, 80 mil litros de chorume em 80 mil litros de água potável. O imbróglio que trazia riscos ambientais e não soluções, agora, se mostra como atitude pioneira na Região Sul.
Primeira empresa privada a assumir o serviço de tratamento de água em um aterro público, a M2K criou, a 60 metros do aterro, uma estação para o processo. O que chamam de “empresa entre conteinêres”, onde de um lado fica o escritório e do outro os produtos químicos e ferramentas, funciona todas as etapas que transformam o chorume em água potável.
“Como lajeadense, me sinto honrado em deixar esse legado para a cidade. Depois de 25 anos prestando esse serviço em outros estados, conseguimos encontrar um solução inovadora para o município”, comemora Antônio Carlos Malmann, engenheiro químico da empresa.
O que diz o governo
De acordo com o secretário do Meio Ambiente, Luis Benoit, antes da gestão de Marcelo Caumo, por pelo menos cinco anos, não foi feito o tratamento de água no aterro. “Até onde conheço, esta é a primeira parceria de empresa privada trabalhando em aterro público no país”, diz.
Segundo Benoit, o fluído de chorume estava vazando para o córrego do Arroio Saraquá. “Assim que assumimos a gestão pública, estancamos o problema e procuramos soluções. Todas as análises que realizamos com a M2K têm sido muito satisfatórias”, enfatiza.
Como funciona o tratamento
A estação de tratamento de água recebe o chorume produzido nas três grandes células de lixo depositadas no aterro sanitário. Em duas valas impermeabilizadas com geomembranas (revestimento plástico que evita contato com o solo), com capacidade de 6,5 mil litros, o líquido vindo do descarte é armazenado.
A partir disso, o chorume é encaminhado para a estação de tratamento da M2k.
Selo de qualidade
Dos 38 itens no tratamento de água exigidos pela Fundação de Proteção Ambiental (Fepam), como PH, DQO (demanda química de oxigênio) e DBO (demanda biológica de oxigênio), por exemplo, todos estão sendo cumpridos.
A reportagem do A Hora comparou o PH da água da Corsan com a tratada pela M2K. Ambas estavam no mesmo padrão, com a mesma coloração e PH.
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Cristiano Duarte: cristiano@jornalahora.inf.br