Governo reavalia projeto

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Governo reavalia projeto

Em reunião com moradores de loteamento popular, prefeito assegura diálogo e pode rever construção de novo conjunto habitacional

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Moradores dos loteamentos populares do Boa União foram recebidos ontem à tarde pelo prefeito Rafael Mallmann para discutir a construção de novas moradias no bairro.

Na semana passada, o grupo contrário à instalação das habitações organizou protestos e um abaixo-assinado.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Social, Trabalho e Habitação, José Itamar Alves, durante a reunião, ficou acordado que não seria realizada qualquer obra no terreno antes de novas conversas com a comunidade.

Segundo ele, o encontro de ontem serviu para ouvir as reivindicações dos moradores em relação à área de 1,6 mil metros quadrados localizada na rua João Crestani. O terreno fica ao lado de uma quadra de esportes e de uma pracinha.

Um dos líderes do movimento, Hélio Hemsig, alega que o prefeito se comprometeu em não realizar a obra no local. “Ali será um local para os moradores do bairro”, aponta. Segundo ele, em um primeiro momento, a ideia é instalar um clube de mães, para depois construir a sede da associação dos moradores.

“O prefeito queria que esperássemos a realização do projeto. Foi difícil, houve bate-boca, mas existem áreas mais apropriadas para construir as habitações”, acredita. Conforme Hemsig, o bairro não tem infraestrutura suficiente para receber um condomínio de apartamentos populares.

De acordo com Alves, a utilização do terreno por parte do grupo de moradores ainda depende de questões burocráticas. Segundo o secretário, é preciso, antes de tudo, oficializar e registrar a associação.

Grupo realizou protestos em duas sessões da câmara de vereadores

Grupo realizou protestos em duas sessões da câmara de vereadores

Déficit habitacional

Dados da secretaria apontam pelo menos 200 famílias do município à espera de uma unidade habitacional por meio do programa Minha Casa Minha Vida para renda de até três salários mínimos. O projeto habitacional ajudaria a reduzir esse déficit.

Conforme Alves, o projeto de lei que gerou os protestos apenas libera o contrato com a Caixa, mas não significa a efetivação do convênio. O próximo passo, afirma, é a contratação da empresa que realizará o projeto, por meio de licitação.

Segundo ele, a câmara autorizou a utilização de outras duas áreas, além do Boa União. Uma fica no bairro das indústrias e outra, na rua dos Marinheiros. O governo estuda quantos apartamentos cada terreno pode receber. A previsão de investimento no programa alcança R$ 8,4 milhões.

Protestos e abaixo-assinado

A proposta de construir um condomínio de apartamentos por meio do Minha Casa Minha Vida causou reações por parte dos moradores dos loteamentos populares III, IV e V, no bairro Boa União. O projeto para doação do terreno para destinação de interesse social pelo Minha Casa Minha Vida foi aprovado na câmara no dia 5 de março.

Os moradores compareceram às duas sessões seguintes para pressionar os vereadores. Eles também organizaram um abaixo-assinado que recebeu 160 adesões.

Thiago Maurique: thiagomaurique@jornalahora.inf.br

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