O asfaltamento de quatro quilômetros, de um total de oito da Linha Geralda, conforme a licitação, deveria começar em Estrela e acabar em Teutônia e não o contrário. É isso que pensam os moradores da Linha Geralda Baixa, que foram desfavorecidos no ano retrasado com a decisão do Executivo, por meio de consulta popular, que asfaltou o trecho da Linha Geralda Alta.
“Não faz sentido um município investir no trecho de uma cidade vizinha. Com o trecho de chão batido, cheio de buracos, as pessoas deixam de ir ao centro de Estrela para utilizar o comércio e vão para Teutônia, onde está asfaltado”, explica o empresário Edacir Nicolini, 57.
Nos três quilômetros que não foram asfaltados, na Linha Geralda Baixa, caminhões e ônibus fazem a principal rota entre Costão, Colinas e Teutônia.
“Fazer votação não foi a melhor maneira de resolver isso. A comunidade da Linha Geralda Alta é 10 contra um em relação à Baixa. Nunca vi um projeto como esse, que beneficia mais uma cidade vizinha do que o próprio município”, disse o empresário Ademir Fell, 61.
O trecho asfaltado, que começa nas imediações da Rota do Sol, sentido Teutônia-Estrela, deveria ter começado em Costão, reivindicam os moradores.
“Já desisti de construir casa aqui”, afirma Lucas Nicolini, 22. “A gente come poeira, literalmente, come poeira. Quando lavo meu carro, só de deixar estacionado em frente ao meu imóvel, ele já fica sujo”, esbraveja.
Sem previsão
Segundo o secretário de Obras de Estrela, Cristiano Nogueira da Rosa, “a única coisa que está nos planos da gestão municipal é a manutenção da estrada de chão, por meio de colocação de britas e patrolamento.”
“Estamos com planos de asfaltar a outras regiões no interior. Mas a continuidade do asfaltamento da Linha Geralda Baixa ainda está fora dos planos”, afirma o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico Paulo Ricardo Finck.
Cristiano Duarte: cristiano@jornalahora.inf.br