Sauana Schumann, 22, e João Pedro Ganasini, 21, morreram após o Fiat Uno onde estavam bater de frente em um Gol. A jovem estava no segundo mês de gestação. O condutor do outro carro, Moises Gonzatti, sofreu ferimentos graves e foi encaminhado ao Hospital Beneficente Santa Terezinha. Os dois veículos tinham placas de Encantado.
O acidente aconteceu pouco depois das 13h30min dessa sexta-feira, no quilômetro 72 da ERS-129, próximo à entrada secundária ao centro, conhecida como “Goleirinha”. Os bombeiros de Encantado, o Samu, a EGR, a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) e a Brigada Militar atenderam o acidente.
O casal trabalhava junto em uma concessionária de veículos no centro. Eles haviam trabalhado pela manhã e saíram para almoçar na casa da mãe de Sauana, na localidade de Barra do Jacaré. O acidente aconteceu quando voltavam para o serviço. Chovia no momento.
Conforme o comandante da PRE de Encantado, sargento Paulo Renato Bernardi da Silva, o local apresenta um alto risco de acidentes, pois há uma constante entrada e saída de veículos da rodovia estadual para o trecho. Os motivos para a colisão ainda são apurados.
Impasse sobre acesso
A “Goleirinha” é motivo de divergência na cidade. Conforme o presidente do Conselho Municipal Pró-Segurança Pública (Consepro), Victório Alba, foi pedido o fechamento do acesso devido à insegurança. Outro abaixo-assinado, organizado por moradores próximos, exige a continuidade do trânsito no local.
Segundo ele, a entrada foi aberta de maneira irregular faz mais de duas décadas. “O município não poderia nem ter calçado aquele lugar.” Alba afirma que a manifestação do Consepro não tem o intuito de prejudicar os moradores vizinhos. “Junto com as polícias, fizemos um diagnóstico dos riscos daquele acesso. Além dos perigos em relação aos acidentes, tem ainda a questão do uso como ponto de fuga para criminosos.”
Conforme ele, o fluxo de veículos entre a ERS-129 e a “Goleirinha” é contínuo. “Os motoristas que vêm de Muçum preferem entrar ali, pois fica mais perto do centro. Nos fins de tarde, o movimento naquele ponto é absurdo.”
Filipe Faleiro: filipe@jornalahora.inf.br