O nome ainda pode ser estranho para muita gente, mas se depender do segmento de produtos naturais, não vai demorar para a kombucha se popularizar. Antes comercializada apenas no Exterior, a bebida milenar agora já pode ser encontrada em casas especializadas brasileiras.
Segundo a nutricionista e proprietária da Casa Orgânica, de Lajeado, Bruna Luísa Radavelli, 24, a kombucha é o nome de uma cultura de bactérias usada na fermentação de chás, o que resulta em uma bebida probiótica. As versões comerciais ganham sabores, como limão, limão e cúrcuma; gengibre; morango e hibisco; abacaxi, hortelã e gengibre; e baunilha.
Uma das mais procuradas por quem faz academia, comenta, é a beet power, que leva beterraba e pimenta. “É usada no pré-treino, para estimular o metabolismo”. De forma geral, explica, além de favorecer o funcionamento do intestino, a kombucha também favorece o aumento de energia e de imunidade e é anti-inflamatória.
O sabor, segundo Bruna, lembra um espumante, já que a kombucha é naturalmente frisante. Por isso, ressalta, a bebida não pode ser agitada, para evitar a pressão na hora de abrir. O teor alcoólico é de 0,5% e decorre da fermentação – não há adição alcoólica.
No fim do ano passado, a loja vendeu uma edição premium, de framboesa e mirtilo, cuja embalagem era bem semelhante a de um espumante. No estabelecimento, por exemplo, é possível encontrar a marca Tao Kombucha, que trabalha apenas com os chás verde e preto. A garrafa de 300ml custa R$ 15 e a de 1L, R$ 35.
A forma de consumo, explica, é livre. “Algumas pessoas abrem uma garrafinha aqui mesmo e bebem enquanto olham outros produtos”. Porém, a quem ainda está experimentando a kombucha, ela orienta a tomar 100ml ao dia. Pode ser consumida em temperatura ambiente, mas manter refrigerada é uma forma de evitar o excesso de fermentação.
Segundo a fabricante, o processo de preparo da kombucha exige chá adoçado com açúcar, ingrediente fundamental para a fermentação. Porém, defende a empresa, a bebida final tem apenas açúcar residual.
Há relatos da kombucha que datam da época da Dinastia Qin (220 a.C) na China antiga. Foi muito popular na Rússia e na Europa até a Segunda Guerra Mundial, quando o chá e açúcar ficaram racionados, tornando-os difíceis de encontrar para as famílias de classe média.