Dia 8 de março é reservado para a mulher. Data marcante mundo afora, carregada de comemorações e reflexões. Os avanços e conquistas recentes precisam ser enaltecidos para encorajar o público feminino cada vez mais. As reflexões se erguem diante de números ainda preocupantes e lamentáveis.
A reportagem das páginas a seguir mostra o quanto a violência contra a mulher ainda faz parte do cotidiano diário. No Vale do Taquari, por exemplo, são quase dois casos de registros policiais por dia, sem contar as situações que morrem no anonimato, fruto do medo que faz a mulher evitar a exposição de um tapa, soco ou coisa pior.
No país da miscigenação, das diferentes identidades regionais, da pluralidade cultural, o machismo ainda é uma marca aterradora. Pesquisa encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), por exemplo, mostra que mais de 33% da população concorda com a ideia de que, por vezes, as mulheres são responsáveis por serem estupradas. Um absurdo.
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Para 1/3 da população, mulheres adeptas de roupas provocantes não podem reclamar se sofrerem violência sexual. Difícil acreditar, mas, por esse princípio, a culpada pelo crime seria a vítima. Na pesquisa, também causa assombro a resposta das mulheres. Algumas seguiram a lógica machista. Esse pequeno contraste nos números serve de parâmetro para perceber como a “cultura do estupro” está arraigada na sociedade.
Pesquisas e levantamentos que mostram comportamento machista e discriminatório se multiplicam país afora. Servem, entre outras coisas, para valorizar e fortalecer os movimentos liderados por grupos de mulheres das mais variadas classes sociais, no sentido de buscar igualdade em todos os sentidos.
O dia de hoje merece comemorações à altura das conquistas recentes que fazem as mulheres ocuparem espaços que sempre deveriam ter sido delas. No Vale do Taquari, eventos organizados por variadas instituições marcam a passagem do dia especial. Parabéns, mulheres.
