“O que falta é a cultura de valorização”

Notícia

“O que falta é a cultura de valorização”

Marcelo Luis Petter nasceu no dia 27 de abril de 1970, em Estrela. É filho de Antônio e Maria e tem três irmãs: Márcia, Michele e Magali. É ele “o cara” por trás da Rádio Univates. Apaixonado por música, o…

“O que falta é a cultura de valorização”

Marcelo Luis Petter nasceu no dia 27 de abril de 1970, em Estrela. É filho de Antônio e Maria e tem três irmãs: Márcia, Michele e Magali. É ele “o cara” por trás da Rádio Univates. Apaixonado por música, o eclético jornalista “sofreu” com a influência da avó, que lhe apresentou, entre outros, ícones como Raul Seixas e John Lennon.
• Quando a música entrou na sua vida?
A memória mais antiga que tenho é de ouvir The Mamas And The Papas, aos 4 anos, na área de casa dos meus pais, na Rádio Alto Taquari, de Estrela. O rádio estimulava minha educação musical em uma época em que os grandes clássicos eram tocados em emissoras AM. Minha avó Lúcia colaborou com as preferências por Beatles e Raul Seixas. Lembro como se fosse hoje do dia em que ela veio, sob chuva, bater à janela de meu quarto para falar da morte de John Lennon. Eu tinha 10 anos.
• Na infância, você era mais “roqueiro” ou mais “eclético”
Mais eclético. Fui muito fã de Michael Jackson. Ainda sou. Curti muito a new wave e o pop dos anos 1980, quando surgiu o “novo” rock nacional, de letras mais críticas e atitudes questionadoras. O gosto pelo rock and roll seguia me acompanhando e crescia na mesma medida em que eu aprendia mais sobre o estilo, as bandas, as histórias e o que ele representava na vida das pessoas.
• Como você avalia o cenário musical da região?
Sempre foi rica musicalmente. Vejo surgirem mais espaços onde os artistas apresentam os trabalhos. Com estilos que antes eram raros de ouvir, como o blues, conquistando admiradores e palcos. Quiçá isso permaneça e cresça. O que falta é a cultura de valorização da classe musical. Aquela história de dar “espaço para divulgar o seu trabalho”, cachês irrisórios e tocar pela despesa não pode continuar. Músico também é profissão e deve ser valorizado por isso.
• E o cenário nacional fonográfico?
Acho que nunca se produziu tanto como nas últimas décadas. Nunca esteve tão fácil de divulgar e de encontrar boa música. O “comercial” sempre existiu e continuará existindo. Mas com tantos meios de consumir música você nem precisa se estressar, basta escolher o que ouvir. O rock já foi comercial e é para quem quer que ele o seja. Desde a criação, nunca deixou de respirar e por algum tempo ficou só “observando”. Mas basta um Paul McCartney, um The Who, um U2 pintar na área e o alvoroço está feito. E para quem não gosta, já cantava Raulzito: “[…]Se o rádio não toca a música que você quer ouvir, é só girar o botão[…]”
• Quais os próximos projetos na área musical?
Manter e qualificar a programação da Univates FM, junto da equipe, continuar dando apoio aos talentos da região. Já está em planejamento para 2018 mais uma edição do Festival Barulhinho Bom, evento que deve se tornar tradição promovido pela Univates. Também está em gestação uma nova edição do Petter’Abas, que deu uma pausa depois de 12 edições.

Acompanhe
nossas
redes sociais