Brigada encontra pai e filho mortos

LAJEADO

Brigada encontra pai e filho mortos

Corpo de Valdemar Gonçalves estava em estágio avançado de decomposição

Brigada encontra pai e filho mortos

Valdemar Claro Gonçalves, 73, e Gilson Roque Gonçalves, 26, foram encontrados mortos na manhã de ontem, 19, no bairro São Cristóvão. Após o chamado de um vizinho, a Brigada Militar foi ao local e avistou os corpos dentro da casa, na rua Miguel Tostes. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) e a Polícia Civil investigam o caso.

O chamado foi feito pelo morador da residência ao lado, que não quis se identificar. Ele é proprietário do imóvel alugado pelos dois homens. Após perceber a falta de movimentação na casa e sentir um cheiro forte na terça-feira à noite, ele tentou telefonar a alguns familiares dos inquilinos para saber se estavam bem. Sem conseguir contato, decidiu chamar a polícia.
Por volta das 10h, a Brigada Militar chegou à residência e percebeu a porta destrancada. Dois policiais encontraram o cadáver de Valdemar em seu quarto, sobre a cama, em estado avançado de decomposição. O corpo de Gilson estava pendurado em uma forca, na lavanderia. Na sala, havia uma carta assinada pelo filho. O local foi isolado até a chegada dos peritos, às 13h30min.

De acordo com a delegada Márcia Scherer, da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Lajeado, as investigações iniciais apontam para morte natural do pai e suicídio posterior do filho. Somente a necropsia, porém, poderá confirmar a causa da morte do idoso.

O proprietário do imóvel conta que havia visto Gilson pela última vez no domingo, quando esse pediu um saco plástico para recolher lixo. Segundo ele, não percebeu nada de estranho no jovem. Ele conta que Valdemar, porém, não era visto há mais de dez dias pelos vizinhos. “Eu sei que o filho gostava muito do velho, agora o que aconteceu ali é estranho”, conta.

Vindos de Progresso, Gilson e Valdemar alugavam a residência na Miguel Tostes desde abril. O filho era pedreiro e estava desempregado, e o pai, aposentado. “Me pareceram gente boa, então aluguei. Pagavam tudo direitinho”, comenta o proprietário. Ele afirma também que uma terceira pessoa, companheira do filho, morava no local, mas há cerca de dois meses eles haviam se separado.

Alexandre Miorim: alexandre@jornalahora.inf.br

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