O governo planeja a instalação de um sistema de monitoramento para coibir a criminalidade no município. Doze câmeras devem ser colocadas nas entradas da cidade e na área central para ampliar a segurança.
Na sessão da câmara de vereadores da semana passada, os parlamentares autorizaram convênio entre o município e o Estado para viabilização do sistema. O objetivo é que militares da reserva atuem no controle das imagens.
Uma licitação para compra dos equipamentos será aberta pelo governo. Conforme o assessor de comunicação da prefeitura, Rafael Simonis, ainda não há data para realização do certame, mas logo serão iniciadas as análises de custos.
Além do investimento na compra dos aparelhos, o município precisará pagar pela instalação e manutenção das câmeras. A vereadora Helena Herrmann (PMDB) parabenizou o governo pela iniciativa. Segundo ela, apesar de a segurança pública ser um dever do Estado, o Executivo tem buscado formas para diminuir a criminalidade.
O capitão Luciano Johann, comandante do 22º Batalhão de Polícia Militar (BPM), acredita que a iniciativa só trará benefícios. Como exemplo, ele aponta o caso de Lajeado. Depois da instalação de 18 câmeras na área central, crimes foram inibidos e combatidos de modo mais ágil.
“A Brigada não tem como estar em todos os locais, todo o tempo. Nos municípios menores, ainda mais. Então isso facilita a fiscalização, permite que o operador veja um crime na hora, e acione quem está na rua.”
Identificar suspeitos também ficou mais fácil. “Focando a câmera, podemos ver detalhes da pessoa, avaliar melhor a situação, ver características de veículos, rotas de fuga.” Depois as imagens ainda podem ser usadas para investigação da Policia Civil ou servir de prova para o Judiciário.
Iniciativa aprovada
Comerciante na cidade faz 30 anos, Leonice Heisler considera a ideia válida.“Se acontecer assalto ou arrombamento, as câmeras vão filmar. Nós temos segurança, mas nunca é 100%”, afirma.
Marcos Wolschick, proprietário de duas lojas no centro, já tem o sistema de monitoramento nos estabelecimentos. Mas a filmagem na rua é um auxílio imprescindível. “Temos vigilância noturna, mas, mesmo assim, é bom, não queremos deixar acontecer. Eu já havia pedido aos políticos. Até já deveria ter”, considera.
Para o presidente da Associação Comercial e Industrial de Santa Clara do Sul (Acisc) e comerciante, Charles Thomas, a medida ainda contribuirá na identificação de suspeitos e dará maior segurança aos bairros. “Hoje temos maior preocupação aqui no centro, mas é bom que nos demais lugares também tenha cobertura. Isso é bem importante.”
Carolina Chaves da Silva: carolina@jornalahora.inf.br