Cooperativismo vira ferramenta de ensino

Estrela

Cooperativismo vira ferramenta de ensino

Projeto entre iniciativa pública e privada cria cooperativas em cinco escolas

Cooperativismo vira ferramenta de ensino
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Estudantes das redes pública e privada desenvolvem a liderança e o empreendedorismo por meio de cooperativas escolares. Ontem três escolas fundaram as associações: Martin Luther, Colégio Santo Antônio e a municipal Arnaldo José Diel. Hoje as assembleias ocorrem no distrito de Delfina, na escola Pedro Jorge Schmidt, e no bairro Auxiliadora, na Cônego Sereno Hugo Wolkmer.

A iniciativa é liderada pelo Sicredi Ouro Branco com apoio da Secretaria de Educação. A proposta foi instituída em dez escolas em Teutônia e agora se expande para Estrela.

De acordo com o secretário de Educação, Marcelo Mallmann, todas as escolas das redes municipal e privada fizeram a formação de sensibilização. “A escolha de participar do programa cabe aos alunos, pois são eles os protagonistas de todas as etapas.”

Para o presidente do Sicredi Ouro Branco, Silvo Landmeier, a proposta tem o objetivo de criar lideranças comunitárias e novos empreendedores. “Eles poderão tocar negócios e muitas estruturas úteis para essa e outras comunidades em cooperação.”

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Objetos de estudo

Segundo a diretora da escola Pedro Jorge Schmidt, Cristine Mädke, 30 alunos compõem a cooperativa. De acordo com ela, a intenção é que no contra turno os jovens se reúnam e possam produzir, comercializar e obter lucro a partir de um produto. “A ideia inicial é fazer sal temperado. A sugestão foi dada pela coordenadora, a professora Clair. Todo trabalho será feito pelos alunos que aderiram à associação de forma voluntária.”

No Colégio Martin Luther, 15 alunos integram a associação. De acordo com a orientadora da cooperativa, a professora Adriane Hauschild, o grupo ainda precisa aprovar o estatuto e acertar detalhes burocráticos. “Nossa intenção é produzir um biscoito integral que possa ser usado na merenda.” Um profissional ajuda os estudantes na proposta.

Segundo ela, esse é um trabalho em construção. “Desde o início do ano, ficamos concentrados nas orientações teóricas, agora vamos partir para a parte prática. Neste tempo, foi possível perceber a evolução dos alunos.”

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Conforme Adriane, a proposta coloca o cooperativismo como ferramenta de aprendizagem em sala de aula e estimula os participantes a criar as próprias oportunidades. “Eles desenvolvem a comunicação, estão deixando a timidez de lado, e desde cedo estão aprendendo formas de encontrar de empreender.” Além disso, ela aponta que o projeto auxilia nas noções de matemática financeira e na gestão de negócios.

Como funcionará

As cooperativas são formadas somente por alunos. Para participar, eles precisam assinar um termo de adesão e adquirir uma cota de participação, com um custo simbólico. Todas as cooperativas contam com suporte pedagógico para a implantação e desenvolvimento do produto e com apoio de um professor orientador.

As associações têm finalidade educativa e os alunos são incentivados a desenvolver atividades econômicas, sociais e culturais em benefício do grupo. Com as escolas de Estrela, o RS conta com 90 cooperativas escolares.

Cássia Paula Colla: cassia@jornalahora.inf.br

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