Exemplos que o Vale dos Alimentos precisa

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor de Mercado e Estratégia do Grupo A Hora

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

Exemplos que o Vale dos Alimentos precisa

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No mesmo dia em que o Ministério Público do RS flagrou fraudes na comercialização de produtos higiênicos – mais uma vez o Vale está no meio – a Cooperativa Languiru apresentou um inovador modelo de controle e rastreabilidade do leite. Entre outras coisas, a partir de agora, todo leite produzido pela cooperativa terá um mecanismo de controle na embalagem, permitindo que consumidores conheçam a procedência, informações nutricionais, lotes, etc, sobre o respectivo produto.
O ineditismo da Languiru atende aos preceitos de transparência e procedência exigidos pelos consumidores mundo afora. Por meio de um QR Code único, que armazena todo histórico do produto, é possível comprovar características de qualidade e a origem das matérias-primas. Para saber a procedência do leite nas gôndolas dos supermercados, basta o consumidor usar o leitor de QR Code para smartphones e coletar na hora todas as informações a respeito daquilo que está comprando.
O sistema garante a rastreabilidade cirúrgica desde o engarrafamento até o ponto de venda, e completa o ciclo que o leite faz desde o produtor até o laticínio. O mecanismo tecnológico é uma resposta concreta às sucessivas fraudes que macularam a produção de leite do RS.
Para a região, o pioneirismo da Languiru serve – ao menos deveria – para impulsionar a criação do selo de origem e consolidar o Vale dos Alimentos. A inovação da cooperativa é um passo à frente em relação à segurança, transparência e credibilidade.
Oxalá, todos os produtos alimentícios originários do Vale do Taquari contenham mecanismo digital desses permitindo uma leitura ampla e completa. Além de um diferencial de competitividade, seria uma marca e um conceito reconhecido estado, país e mundo afora. A Languiru nos mostra que é possível.

Enquanto isso

Diante da desfaçatez de alguns empresários, é necessário instalar réguas medidoras de papel higiênico nos banheiros de casa. A que ponto chegamos?
Enquanto a corrupção na esfera pública avança sem precedentes, as fraudes na iniciativa privada também se multiplicam. Ontem, o Ministério Público do RS flagrou irregularidades cometidas por um grupo familiar que fabrica produtos de higiene, inclusive com problemas no comprimento, na largura e na quantidade de materiais vendidos para consumidores em supermercados e também para vários órgãos públicos.
Há casos em que o comprimento do papel higiênico é 40% menor do que o indicado na embalagem. Ou seja, a ganância e a sem-vergonhice corroeram quase a metade daquilo que as empresas diziam entregar aos clientes.


Mudanças na saúde

Leitores contatam a coluna para reclamar da estrutura da UPA, instalada no bairro Moinhos D’Água. Apontam avarias no prédio, inclusive, com problemas no teto.
A propósito, o governo de Lajeado está com negociações adiantadas com a Univates para transferir toda administração e gestão da saúde para a instituição de ensino. A ideia do prefeito Marcelo Caumo é finalizar os trâmites burocráticos e técnicos até o fim do ano.
Firmada a parceria, a Univates assumiria toda parte diretiva e organizacional, tanto da UPA quanto dos postos de saúde.


Até quando?

Hoje completam 47 dias da assinatura da ordem de início da construção da nova ponte sobre o Arroio Saraquá, entre Lajeado e Santa Clara do Sul. Prometida para começar na segunda-feira posterior ao ato político, dia 17 de abril, a obra segue apenas no papel e olha lá!
Dentro do Daer, circula a informação de que o projeto tem sérios problemas técnicos, inclusive na concepção de construir uma ponte ao lado de uma antiga, e na possibilidade de que os reforços da estrutura atual não sejam eficientes.
 

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