Menos de três anos após ser inaugurado, o quartel do Corpo de Bombeiros de Taquari está sem atendimentos. O local está fechado desde o início do mês devido à falta de efetivo na corporação.
Hoje o prefeito Emanuel Hassen de Jesus e vereadores da cidade se reúnem com deputados na Assembleia Legislativa para pressionar por mais servidores. A definição da comitiva ocorreu na noite de ontem após reunião entre as autoridades locais. Conforme o prefeito, desde a abertura da unidade, em 2014, o Estado designava oito agentes para a cidade e o efetivo era complementado por voluntários.
“Desses oito militares, um saiu de férias e um outro se encostou, inviabilizando a abertura do quartel”, aponta. São necessários dois bombeiros por turno para assegurar os atendimentos, o que não é possível com seis servidores.
“Estamos faz 20 dias sem o serviço na cidade. Nesse período, as duas vezes que foi necessário, tiveram que deslocar viatura de Montenegro”, ressalta. Segundo Jesus, atendimentos menos complexos, como a famílias desabrigadas por enchentes, são realizados pela equipe da prefeitura.
“Nós colocamos a prefeitura à disposição para oferecer mais dois funcionários, mas não pode porque precisa fazer treinamento específico”, aponta. Segundo ele, a única solução para o caso é o deslocamento de dois novos servidores do Estado.
De acordo com o prefeito, o governo estadual alega que a unidade se manterá fechada até o fim do mês. Em junho, o Piratini deve realizar uma nova avaliação sobre a possibilidade de reabertura do quartel.
Tratativas com o Estado
Na segunda-feira da semana passada, 15, o prefeito e uma equipe de vereadores se reuniram com o comandante do Corpo de Bombeiros do Estado, coronel Adriano Krikoski Ferreira. O encontro ocorreu no Gabinete do Secretário de Segurança, em Porto Alegre, mas não houve solução para o impasse. “Combinamos que, junto com os vereadores, vamos produzir uma moção solicitando aos nossos deputados estaduais e Governo do Estado o aumento do efetivo para Taquari”, alega.
Conforme o comandante do 2° Batalhão do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Carlos Daniel, a defasagem de efetivo e a insuficiência de horas extras no batalhão levaram à interrupção temporária do serviço.
Saiba mais
Conforme a Secretaria da Fazenda, o município dispõe de R$ 199.116,18 na conta do Funrebom. Os recursos devem ser utilizados para compra de equipamentos e materiais para o Corpo de Bombeiros. Desde o início do ano, foram gastos R$11.575,94.
A unidade tem três carros e dois caminhões, mas apenas um de cada veículo está em funcionamento. Os demais estão parados por problemas mecânicos. A estrutura do prédio também tem goteiras, vidros quebrados e curtos elétricos.