A força da construção civil vem com recado

Editorial

A força da construção civil vem com recado

Reportagem na edição de ontem ratificou o potencial e a força da construção civil em Lajeado. Com base no Guia de Imóveis 2017, que faz parte da edição quinzenal da revista Exame, a matéria apresentou os bairros mais valorizados do…

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Reportagem na edição de ontem ratificou o potencial e a força da construção civil em Lajeado. Com base no Guia de Imóveis 2017, que faz parte da edição quinzenal da revista Exame, a matéria apresentou os bairros mais valorizados do município.
Comparativo com outras cidades coloca os preços médios de Lajeado na frente de outros centros urbanos do estado, como Gravataí e Esteio, que integram a Região Metropolitana.
O Guia da revista Exame, considerado a maior pesquisa imobiliária do país, não surpreende pelo diagnóstico. O bairro Universitário aparece com o metro quadrado mais bem avaliado, na frente inclusive, do Alto do Parque.
Conforme os índices apresentados, o valor médio do metro quadrado de construção do Universitário está entre R$ 4,6 e R$ 4,7 mil. Outras regiões, como o Centro, o Hidráulica e o São Cristóvão, têm médias entre R$ 3,5 mil e 3,8 mil.
Entre outras variáveis, a boa classificação passa pelo desenvolvimento da Univates. Os números da construção civil da prefeitura confirmam os altos índices de construção no Universitário. Dos 151,5 mil metros quadrados de construções solicitadas, o percentual mais elevado fica no local, 21,6%.
Ao passo que diagnósticos de âmbito nacional classificam Lajeado como um polo da construção civil, ergue-se a necessidade de um ordenamento cada vez maior sobre o crescimento e o desenvolvimento da cidade. A reformulação do Plano Diretor, dando diretrizes mais claras e rígidas para as edificações, é tarefa urgente.
O governo atual deu passo importante ao contratar – ainda que sem licitação – o arquiteto e engenheiro Ênio Perin, para liderar a reconstrução do Plano Diretor lajeadense. Defasado, o documento tem sido alterado mediante conveniências e necessidades individuais ou de pequenos grupos.
O resultado da falta de planejamento duradouro está nas ruas, nos bairros, nas praças. No trânsito, sinais de esgotamento e congestionamentos já são comuns e frequentes. Os espaços públicos, como praças, além de insuficientes, não cumprem seu papel e por consequência não atraem a sociedade. No ampassã, bairros crescem a olhos vistos e recebem investimentos cada vez mais impactantes. Em paralelo, falta uma política pública, baseada num Plano Diretor mestre, capaz de ditar o ritmo e o rumo do crescimento.
Lajeado precisa ficar vigilante e atenta a essas necessidades, sob pena de comprometer a qualidade de vida, que precisa se perpetuar como um diferencial positivo. Para isso, a preocupação deve ser com a evolução e o desenvolvimento ordenado, em vez de pensar exclusivamente no crescimento.

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