Pais dos alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Carlos Fett Filho, no bairro Moinhos, elaboraram um abaixo-assinado. A solicitação é para que seja iniciada com urgência a ampliação do colégio. Faz mais de dois anos que uma turma do 4º ano tem aulas em uma sala no CTG Raízes do Sul.
A ideia de fazer uma cobrança oficial surgiu após uma solicitação da Secretaria Estadual da Educação para saber quais eram os motivos para a ampliação da escola e por que era uma prioridade. Para dar uma resposta ao Estado, foi realizada uma reunião entre a direção, professores e pais.
Segundo um dos organizadores do abaixo-assinado, o eletricista Paulo Roberto Schneider, o objetivo é unir forças para que seja feita a liberação da verba para a obra. “O CTG não é adequado, mais ainda bem que tem esse espaço. Nos unimos para mostrar que essa é uma prioridade para Lajeado”, comenta.
Para a mãe de uma aluna do 5º ano, Claudia Bolsin, quando o prédio antigo da escola foi demolido, a promessa era da ampliação ser feita logo. “Os professores têm que dar aulas em salas apertadas. Também há salas repartidas no complexo novo, como é o caso da minha filha que estuda em meia sala de aula”, menciona.
Conforme a responsável pela 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Greicy Weschenfelder, a construção é prioridade. “Tanto é prioridade que o abaixo-assinado é de nosso conhecimento e só vem a fortalecer esse processo que se arrasta faz anos.”
Entenda o caso
A escola foi fundada em 28 de setembro de 1961. Nos primeiros anos, funcionava em uma casa alugada na rua Carlos Spohr Filho, e era denominada Grupo Escolar Moinhos. Em 1982 foram construídos dois prédios provisórios de madeira, na Cohab, onde hoje é a escola. Em 2009, um deles foi demolido e iniciaram as obras do novo imóvel, o qual está concluído e em uso.
Em 2013, outro prédio de madeira que, além das salas, tinha os banheiros, foi demolido. A promessa era de que seria entregue em pouco tempo. Entretanto, a obra do segundo não começou.
Desde lá, os estudantes usam os banheiros do CTG, a cozinha, o refeitório e também uma sala onde está a biblioteca, além de uma sala de aula improvisada que atende 21 alunos do 4º ano. Isso fez com que o novo prédio construído tivesse os espaços readaptados. Onde deveria ser a cozinha fica a sala dos professores e o depósito. A sala de aula que deveria atender uma turma foi dividida em duas. O CTG Raízes do Sul, localizado ao lado do colégio, foi alugado logo após a demolição. Entretanto, o processo se arrasta desde 2013.
Conquistas em meio às dificuldades
Mesmo com a escola tendo que readaptar espaços, diversos projetos e ações ocorrem para desenvolver atividades que aumentem o rendimento escolar e integrem estudantes e pais.
Neste ano, o projeto Família e escola: uma parceria de sucesso procura trabalhar as habilidades dos alunos e envolver os pais, diz a diretora Rosilene Dias. Cada turma escolhe os temas. “Temos que ver o aluno como um todo e não só passar conhecimento, auxiliando a família a resgatar os valores”, complementa a diretora.
Segundo Rosilene, todos os anos, são desenvolvidas iniciativas diferentes de maneira que uma dê continuidade a outra. Em 2016, houve atividades culturais com a parceria do CTG de Arroio do Meio e Lions Clube, além de outros trabalhos. Neste ano, outra ação com o Lions Clube resultou em uma triagem para testes de visão dos estudantes do 6º ao 9º ano.

Turma do 4º ano tem aulas em uma sala improvisada. Comunidade escolar pede agilidade do Estado para iniciar obra
Pintura dos muros
Em 2016 teve início a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar (Cipave). Por meio desse projeto estadual implantado nas escolas, são realizadas ações voltadas à prática de atitudes positivas, respeito, relacionamento harmonioso, prevenção à violência escolar e uso de drogas.
Dentre elas, o embelezamento do educandário com o projeto de melhorias nos muros. Eles ganharam cores e formas com os desenhos escolhidos em conjunto pelos alunos e pela professora de Artes. Com a pintura, o ambiente da escola se tornou mais agradável. Ao mesmo tempo, valores como colaboração, convivência, respeito, responsabilidade, preservação do meio ambiente e patrimônio público foram trabalhados nas aulas de Artes.
Segundo a supervisora da escola, Nilce Perin, o projeto iniciado o ano passado e em continuidade neste ano ajuda a melhorar o convívio entre os estudantes, a melhorar o rendimento escolar e reforçar valores.
Também é desenvolvido o Programa Proerd da Brigada Militar e o projeto de ajardinamento com foco na limpeza do pátio, cuidado com a natureza e reciclagem e separação do lixo. Além disso, os professores participam com frequência de aperfeiçoamentos.