Governo pretende implantar coleta seletiva

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Governo pretende implantar coleta seletiva

Previsão é abrir este mês a licitação para escolha da empresa responsável pelo serviço

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A cidade não tem coleta seletiva de lixo. O problema reflete a realidade de muitos municípios brasileiros. Segundo a última pesquisa divulgada pelo IBGE, em 2011, apenas 32,3% das cidades do país têm algum tipo de programa, projeto ou ação de coleta seletiva.

A administração municipal busca alternativas para implantar esse processo no município. Segundo o secretário da Fazenda, Luciano Moresco, o primeiro passo é realizar uma licitação. “A ideia é fazer uma licitação desmembrada com coleta seletiva e outra para o transporte do lixo orgânico. Pretendemos ainda este mês lançar o edital e finalizar o processo até agosto”, comenta.

O recolhimento do lixo é feito pela Conesul, empresa terceirizada. Ela realiza o trabalho faz mais de 20 anos. Todos os resíduos produzidos são levados para o aterro sanitário de Minas do Leão.

A produção de lixo na cidade varia de 350 a 400 toneladas por mês. O custo mensal para o transbordo é de cerca de R$ 150 mil para o município.

foto recilcagemOportunidade

Uma empresa espanhola, com filial no Brasil, contatou com o Executivo para implantar um projeto que transforma lixo orgânico em adubo. A rede tem na Espanha, Alemanha, países asiáticos e está implantando o projeto na Argentina. Na região alta, será instalada em Guaporé e atenderá municípios em um raio de até 80 quilômetros. Além de Encantado, Casca, Serafina Corrêa e Marau estão interessados.

Para o projeto se tornar viável, a empresa precisa de 120 toneladas de lixo orgânico ao dia. Em função disso, estuda-se a possibilidade da criação de um consórcio entre os municípios.

Segundo o secretário, se o projeto der certo, além do lixo ter destinação adequada, tornará mais barato o valor mensal de recolhimento dos resíduos produzidos.

Importância de separar

Para o professor do curso de Engenharia Ambiental e do mestrado e doutorado em Ambiente e Desenvolvimento da Univates, Odorico Konrad, é fundamental a separação correta do lixo. “O mais importante é separar”, enfatiza. Ele destaca que as pressões populares e ambientais, além das intenções dos governos, geram diversas iniciativas em prol de melhorias e ações favoráveis à preservação ambiental, o que é positivo.

“O aterro sanitário é um local onde se manda o resíduo em última instância. Quando não é possível recuperar. Mandamos muito resíduo, o qual não deveria ir e poderia ser reaproveitado”, salienta. Konrad enfatiza que dos rejeitos produzidos 30% são resíduos recicláveis, 50% são orgânicos e apenas 20% são rejeitos.

Política Nacional de Resíduos Sólidos

A Lei nº 12.305/10 institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Ela prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos. A legislação vigente busca a prática de hábitos de consumo sustentável e o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado).

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