Pesquisa aponta Sartori entre favoritos para 2018

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Pesquisa aponta Sartori entre favoritos para 2018

Aprovação à gestão do governador aumenta

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Apouco mais de um ano da eleição que escolherá o novo governo do Estado, o atual chefe do Piratini, José Ivo Sartori (PMDB),  apresenta os melhores números desde o início da gestão e vislumbra a possibilidade de ser reeleito. Pesquisa feita pelo Instituto Paraná aponta que o atual governador perderia apenas no caso de a senadora Ana Amélia Lemos (PP) concorrer.

No cenário com a progressista como concorrente ao cargo, Sartori tem 17,8% da preferência contra 25,9% de Ana Amélia. Na projeção sem o nome da senadora, ele chega a 21% da preferência, enquanto Manuela D’Ávila (PCdoB) registra 9,9%, empatada tecnicamente na segunda posição com Luciana Genro (PSol), também com 9,9%.

A rejeição ao governo caiu na comparação com pesquisas de opinião feitas no ano passado. Levantamento do Ibope em agosto de 2016 apontava que 41% da população considerava a gestão péssima. Já o estudo da Paraná aponta que agora 18,7% avaliam o governo dessa forma.

Nomes conhecidos

Uma boa aprovação do governo não é garantia de vitória, vide o caso de Tarso Genro, que em setembro de 2014 tinha 32% de avaliações boa ou ótima. Apesar de questionar os autores da pesquisa, o cientista político Benedito Tadeu César considera natural a liderança de Sartori e Ana Amélia. “São pessoas conhecidas, já por aí é previsível que eles apareçam na frente.”

O longo tempo até a campanha eleitoral é outro ponto apontado por César como explicação para o resultado divulgado ontem. “As pessoas não estão preocupadas com a eleição, me parece perfeitamente previsível que esses dois nomes saiam na frente.”

Ele também considera o papel da imprensa gaúcha como fundamental para aprovação de Sartori. “A grande mídia promove a sua concepção de estado e de governo (de Sartori). A mídia pode até cobrar de vez em quando, mas ela aplaude a diminuição do tamanho do estado.” O cientista político projeta ainda uma mudança nas políticas do governo, as quais podem ser capazes de reduzir a rejeição do Executivo junto aos servidores públicos.

“Ele terá um cenário favorável, vai conseguir a renegociação da dívida. Terá uma carência de dois a três anos, portanto, terá caixa e vai poder fazer algumas benesses.” César considera que o atual governo ampliou os problemas e apresentará as soluções ao fim do mandato. “Ele criou um cenário de caos, desestruturou a segurança pública, mas agora, com caixa, ele já abriu um concurso para a Brigada, e muito provavelmente, a partir do segundo semestre, comece a fazer algumas bondades.”

Terceira via

Situação que foi responsável por eleger Sartori, Germano Rigotto (PMDB) e Yeda Crusius (PSDB), o fenômeno da terceira via é visto como provável para o próximo ano. Dois candidatos disputam essa posição: o ex-prefeito de Canoas, Jairo Jorge (PDT), e o ex-prefeito de Pelotas, Eduardo Leite (PSDB).

César crê que o acirramento entre esquerda e direita pode fortalecer um dos candidatos. “Quando se polariza muito, o centro fica solto e acaba ganhando a eleição.”

A posição de César é acompanhada pelo marqueteiro político Marcos Martineli.“Eduardo Leite e Jairo Jorge são os novos Sartori. Prefeitos muito bem avaliados que nunca concorreram a cargos majoritários.”

Martineli fala com a experiência de ter trabalhado na campanha de Sartori ao governo do Estado, Jorge à prefeitura de Canoas e José Fortunati (PDT) na disputa em Porto Alegre, tendo saído vencedor de todas elas. Mesmo reconhecendo o potencial de crescimento da terceira via, o marqueteiro acredita que Sartori tem grandes chances de ser o primeiro governador reeleito do Estado. “Há uma boa chance de o Gringo se reeleger, se ele tiver a perspicácia de entender este momento, ele pode emplacar.”

A campanha construída por Martineli para eleger Sartori é seguidamente lembrada por fazer com que o candidato não apresentasse seu plano de governo. O marqueteiro acredita que a mesma estratégia será ineficaz se adotada em 2018. “O que as pessoas querem agora é clareza nas propostas apresentadas e nos caminhos adotados, e isso é a campanha que acaba mostrando.”

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