Festicam incentiva talentos da música

Arroio do Meio

Festicam incentiva talentos da música

Na 28ª edição, evento reúne artistas convidados para expor as habilidades no palco

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O Festival da Canção Arroio-meense (Festicam) abre espaço para novos talentos da música na cidade neste domingo, a partir das 17h, na Rua de Eventos. De acordo com o idealizador e organizador Paulo Schnorr, neste ano, serão 17 convidados a participar.

O evento estreou em 1985, quando jovens se reuniram para organizar uma amostra de bandas locais. Quatro anos depois, o grupo se desfez, mas Schnorr não quis parar. Durante estas três décadas, o evento não foi realizado durante quatro anos. “Nesta época o prefeito não deu apoio, mas quando foi eleito de novo resolveu apoiar.”

A proposta, segundo ele, sempre foi a mesma. Dar espaço para quem não tem onde se apresentar. “É a oportunidade de enfrentar um grande público.”

Conforme o coordenador, durante toda a história do festival, houve quem conseguiu se destacar e seguir carreira. “Emerson Santos, o ‘Suco’, foi cantor da Banda Barbarela. Leandrinho, cantor na Banda Modelo, e muitos outros que seguiram carreira solo, tocando instrumentais.”

Ele afirma que a proposta é a mesma, mas mudou a forma de execução do festival. No começo, era mais voltado às bandas, mas isso dificultava porque acabava atrasando muito e poucos participavam.

Há cerca de 12 anos, a decisão foi de tornar mais individual e a convite da organização. Assim tem espaço para mais gente e elimina quem não tem a menor chance. “Muita gente acha que é o Pelé da música, mas chega no palco e passa vergonha, então, evitamos isso.”

As formas de indicação são muitas. Uma delas é o acompanhamento do futuro artista em intervenções feitas em escolas ou mesmo por indicação de professores de música. “Mas continua o mesmo espírito do evento: caçar talentos.”

Música que vem de berço

A música sempre esteve presente na vida de Schnorr. Quando era adolescente, se reunia com os amigos e organizava festinhas. “Sempre gostei da música. Trabalhava em boate de garagem, era o DJ, mas na época não era assim que a gente chamava.” Chegou a trabalhar no Colégio São Miguel, que tinha vários corais e precisava se apresentar. “Eu atuava na parte técnica do show.”

Desde 2007 é empresário e vende shows de banda para bailes. Conta que não tem um estilo preferido, mas cada música tem uma hora certa. “É difícil escolher. Eu curto desde música de baile até pop rock e rock antigo. Clássicas também são bem-vindas, mas tudo tem a hora certa.”

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Função social

Segundo ele, a música tem responsabilidade social, mesmo que hoje esteja em uma fase diferente. “A música atual não tem uma letra e uma definição de cultura. Antigamente curtia mais as letras, pois eram poesias.”

Na opinião de Schnorr, hoje falta um pouco de poesia e, por vezes, uma pequena letra sem sentido é repetida, fazendo com que a música fique baseada mais na batida do que em qualquer outra coisa. “Mesmo assim, penso que a música sempre contribuirá para cultura. Mas é preciso saber separar os momentos certos.”

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