Corsan negocia área para estação de esgoto

Lajeado

Corsan negocia área para estação de esgoto

Estatal quer um hectare dentro da empresa Sucatas Wiebelling, no Morro 25

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O gerente municipal da Corsan anuncia a intenção de ampliar o tratamento de esgoto na cidade. Alexander Pacico confirma negociação para compra de uma área próxima ao Rio Taquari. O objetivo é construir uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) para atender todas as residências da cidade. Falta de recursos emperra o empreendimento.

De acordo com Pacico, o projeto inicial para essa nova ETE previa cerca de R$ 60 milhões em investimentos. “Mas esse valor não está atualizado. É referente ao projeto antigo. Nâo saberia precisar o valor estimado para uma nova proposta”, complementa.

A estação de tratamento ficaria dentro da empresa Sucatas Wiebelling, em uma área de cerca de um hectare, às margens do Rio Taquari e ao lado da av. Beira Rio, no bairro Morro 25.

“O que travou o projeto foi a falta de recursos. É um investimento alto, para atender toda a cidade”, resume Pacico. O gerente não soube precisar os prazos para finalizar a negociação e iniciar a obra.

Segundo ele, os investimentos na rede coletora de esgoto também passam por readequações no Plano Municipal de Saneamento Básico. Pacico reclama de algumas exigências feitas pelo município, que não constam no contrato assinado entre Executivo e estatal, em 2008.

“O Plano de Saneamento é bastante audaz. Ele exige, por exemplo, que sejam construídos dois quilômetros de rede coletora de esgoto por mês. Isso é impossível. E isso precisa ser readequado para viabilizar os empreendimentos”, resume.

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Cobrança de esgoto será obrigatória

O gerente municipal da Corsan confirma que uma resolução da Agergs passou a obrigar a ligação das residências com a rede coletora de esgoto. “É uma cobrança por disponibilidade. Ou seja, se a rede passa em frente à casa, a ligação será obrigatória. Quem não o fizer, será penalizado com cobranças que serão definidas de forma gradativa”, anuncia.

A mudança atinge centenas de moradores dos bairros Cohab, Moinhos e Florestal, onde passa a rede coletora que está interligada com a ETE, construída em 2008 na av. Castelo Branco. Hoje, essa estrutura recebe efluentes domésticos de 320 residências. “É pouco mais de 10% da capacidade total, que supera três mil economias”, resume.

Para aqueles contribuintes que optarem por interligar a residência com a rede coletora, o custo para o tratamento de esgoto é estimado em 47% sobre o valor da conta de água mensal. “É um valor bem menor em relação ao que será cobrado como forma de penalização àqueles que não se interligarem a ETE”, diz.

Nos próximos dias, informa Pacico, também está prevista a ligação de outras mil economias à ETE do bairro Cohab/Moinhos. A maioria dessas está localizada no bairro Florestal, onde as obras da nova rede coletora perduram desde 2012. Entre essas novas ligações, está o Presídio Estadual de Lajeado.

Falta d´água no Jardim do Cedro

Ontem, durante encontro com vereadores na sede do Legislativo, Pacico falou sobre os problemas de falta de água no bairro Jardim do Cedro. Ondulações geográficas, expansão demográfica, constantes quedas na energia elétrica e, principalmente, a recorrência de atos de vandalismos são as razões apresentadas pela Corsan para justificar as falhas.

Pacico afirma que o sistema está equilibrado. “Os problemas são pontuais. Se faltar energia, falta água, e demanda tempo para arrumar. Se alguém roubar material nosso ou quebrar, falta água. São eventos que não temos como evitar”, lamenta. Como sugestão aos contribuintes, ele cita a instalação de reservatórios privados de até 500 litros nas casas.

 

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