Caminhos    de paz

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Caminhos de paz

A empresária Caroline Bücker foi à Tailândia e ao Myanmar no início deste ano, e resgatou um contato com a cultura local

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Vale do Taquari
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A Ásia fascina Caroline Bücker, 42. Desde a infância, pelas leituras, imaginava como seria esse outro lado do mundo. A singularidade da cultura atraía e aguçava-lhe a curiosidade.

Até que em 2001, aos 28 anos, ela teve a oportunidade de conhecer esse continente tão distante. Passou seis meses viajando por diversos países e, na Tailândia tornou-se budista.

“É uma filosofia que inspira o delicado equilíbrio interior através de práticas de meditação e ativação da consciência. Estados que também geram uma maior tranquilidade interior, sempre desejada e poucas vezes alcançada”, comenta a empresária.

Em fevereiro deste ano, em alguns dias de folga do trabalho, Caroline conseguiu retomar sua crença e realinhar valores. Depois de 14 anos, voltou à Tailândia e conheceu o pequeno Myanmar, ex-Birmânia. Países do Sudeste Asiático, ambos conhecidos por preservar a cultura local e conservar as tradições budistas. Na Tailândia, visitou o Section 5, local em Bangkok onde aprendeu a meditar. E ainda aproveitou para aprender um pouco mais sobre os segredos da cozinha na cidade de Chiang Mai. “Amo a comida tailandesa.”

A empresária gaúcha aprendeu a meditar faz 14 anos, em Bangkok, Tailândia. Local para onde retornou nesta última viagem

A empresária gaúcha aprendeu a meditar faz 14 anos, em Bangkok, Tailândia. Local para onde retornou nesta última viagem

O reino dos templos dourados

Acompanhada do fotógrafo Vinicius Dalla Rosa e outros dois amigos, seguiu viagem e foi conhecer a beleza do reino dos templos dourados. Título dado ao Myanmar, pela imensidão das estupas.

Construídas ao longo dos séculos XI e XIII, eram usadas para guardar restos mortais de monges, mas hoje são locais de celebração, onde seria possível encontrar o caminho da iluminação.

Caroline visitou inúmeras delas, inclusive a maior. Situada na cidade de Yangon, no Myanmar, a Shweagon Pagoda tem 98 metros de altura cobertos por placas de ouro.

Também esteve na cidade de Bagan, que em um território de 41 quilômetros quadrados contém mais de três mil estupas. “Uma recordação inesquecível.”

Ainda passou pelo Inle Lake. Lago de água doce, 2,9 mil metros acima do nível do mar. No local, há diversas casas construídas sob palafitas. Também visitou Mandalay, segunda maior cidade de Myanmar.

Uma aula de dignidade

Além das paisagens e construções, ela também se impressionou com os moradores locais. Apesar de passarem cinco décadas sob o poder do regime militar, todos levam consigo o sorriso, fruto dos preceitos de Siddhartha Gautama, o Buda Sakyamuni.

“São calmos, atenciosos, dóceis e educados de uma forma especial. Fiquei impressionada com a cultura de paz e tranquilidade deles”, conta.

As mulheres pintam o rosto com a thanaka, uma pasta amarela feita a partir da casca de uma árvore. Enquanto os homens vestem o longyi, uma saia que vai até o tornozelo. Fazem suas próprias roupas e alimentos, e os vendem em feiras locais. O fato de manterem algumas tradições e valores garante a alegria de viver das pessoas.

Experiências que serviram como aprendizado para a vida pessoal e profissional. “Viagens como essa servem de inspiração para meu trabalho com Design thinking e Inovação. Observar culturas tão diferentes da nossa ajuda a repensar formatos e soluções inovadoras. Mesmo que seja olhar para o passado e perceber o que dele queremos manter no futuro.”

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