Por disputa de cargos, PRB rompe coligação

Teutônia

Por disputa de cargos, PRB rompe coligação

Acordo na eleição estabelecia 7 CCs e uma secretaria

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Por disputa de cargos, PRB rompe coligação

O presidente do Partido Republicano Brasileiro (PRB) na cidade, Adilson Fagundes, anuncia o rompimento com a coligação vencedora do pleito de 2016, formada por PSDB, DEM, PSB e PSD. Afirma que o prefeito Jonatan Brönstrup descumpriu acordo de ceder sete Cargos em Comissão (CCs) e uma secretaria. Governo fala em “gestão democrática”.

Fagundes apresenta uma “ata para ajuste de acordo” entre os cinco partidos. O texto resume encontro de líderes no dia 13 de julho, na rua Artur Pilz, número 190. Na ocasião, conforme consta no documento, decidiu-se pela nomeação de Brönstrup para concorrer ao cargo de prefeito e Valdir Amaral para vice.

Também ficou decidido que haveria duas coligações para a eleição proporcional: o PSDB, com 17 candidatos a vereador, e os quatro partidos com 22 postulantes. Consta que ficou acordado sete CCs e uma secretaria para cada uma das quatro siglas coligadas.

O documento tem a assinatura de quatro presidentes de partido: Alexandre Daniel Peters, do PSDB; Jacó Kruger, do DEM; Fernando Silveira Fernandes, do PSB; e Adílson Fagundes. A assinatura de Adelmo Muhl, do PSD, está em branco, e apenas a do representante do PRB está reconhecida em cartório.

Após quase cinco meses de governo, Fagundes diz que apenas um CC foi cedido ao partido, e reclama que a legenda não recebeu uma secretaria. “O Jonatan estava presente nesta reunião. Ele, inclusive, pediu para que ninguém gravasse o áudio do encontro. Mas temos diversas testemunhas que comprovam a promessa de cargos”, afirma o presidente do PRB.

Ontem Fagundes encaminhou mensagem ao próprio prefeito, anunciando o rompimento com a coligação. Além dele, o presidente do PSB, Fernando Fernandes, também ameaça deixar o grupo. O partido também não teve qualquer correligionário indicado para atuar em secretarias.

“O PRB não cumpriu a parte deles”

Alexandre Peters, coordenador de campanha na época, salienta que “a única assinatura reconhecida em cartório é a de Adilson”. Hoje Peters atua como chefe de Gabinete do Prefeito, e também responde pelas secretarias de Saúde e da Indústria e Comércio.

“Acontece que o PRB não cumpriu a parte deles. Tinham que entrar com candidatos a vereador, força de trabalho e verba à campanha. Não fizeram”, afirma. Diz que Fagundes foi nomeado como CC no início do ano, mas não compareceu ao trabalho e foi exonerado.

Segundo Peters, a participação das siglas na composição do governo considerou o quanto contribuíram na campanha. “Se cumpriram a parte deles no acordo, que nos tragam as provas. O fato é que não temos compromisso em cumprir isso. Os cargos foram definidos de acordo com o que participaram na campanha. Eu deixei claro nas nossas reuniões na época. Tem o antes, o agora e o depois.”

Ele afirma que a saída não trará problemas para a gestão. Está de “consciência tranquila”. Sobre entrevista concedida pelo prefeito ao A Hora, na qual o gestor nega qualquer acordo de cargos, Peters afirma não haver contradição. “Temos vários partidos coligados, com pessoas competentes nos quadros. Temos uma gestão democrática.”

No dia 19 de outubro do ano passado, o recém-eleito, Jonatan Brönstrup, negou qualquer acordo prévio para nomeações. Documento do PRB mostra o contrário. Por meio da assessoria, a reportagem tentou falar com o prefeito, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

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