Os jovens no mercado de trabalho

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Os jovens no mercado de trabalho

O Centro de Gestão Organizacional (CGO) da Univates proporcionou aos alunos, no dia 21 de março, uma aula magna, com os palestrantes Denise Casagrande e Marcelo Ayub, convidados para dialogar com os alunos sobre as “Competências requeridas pelo mercado de…

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O Centro de Gestão Organizacional (CGO) da Univates proporcionou aos alunos, no dia 21 de março, uma aula magna, com os palestrantes Denise Casagrande e Marcelo Ayub, convidados para dialogar com os alunos sobre as “Competências requeridas pelo mercado de trabalho”. A proposta geral foi estimular jovens sobre uma atuação inovadora nas organizações. Mas todos os jovens têm a oportunidade de adquirir essas competências?
Segundo pesquisa realizada com 7.425 jovens brasileiros de nível socioeconômico (NSE) baixo e com idades entre 14 e 24 anos, divulgada pela Revista Psicologia: Organizações e trabalho, edição out/dez 2014, os jovens entram de maneira precoce no mundo do trabalho, pois necessitam auxiliar financeiramente suas famílias, ocasionando no desafio de administrar atividades escolares e laborais. Consequentemente interrompem ou são prejudicados em seus estudos. Atualmente, o mercado de trabalho exige elevado nível educacional para progredir profissionalmente, porém, as chances desses jovens progredirem são poucas.
Assim, continuam no círculo de pobreza, pois o mercado de trabalho atual exige competências técnicas dos empregados, como formação acadêmica, cursos de idiomas e experiências na área. Exige também competências comportamentais, como criatividade, automotivação e liderança; e jovens em situação socioeconômica mais favorecida quem têm condições de desenvolvê-las.
Para que nossos jovens de NSE baixo não interrompam seus estudos, consigam auxiliar financeiramente suas famílias, se sintam satisfeitos profissionalmente e desenvolvam competências para atuar de forma inovadora e competir por vagas nas organizações, são necessárias mudanças significativas na legislação e no nível educacional, de forma que restrinja o trabalho infantil e torne o Ensino Médio obrigatório, em que a proposta pedagógica seja mais atrativa e de acordo com as necessidades humanas, que atinja os níveis psicológicos e qualifique nossos jovens para o mercado de trabalho. Isso só será possível no momento em que a gestão pública e as gerações entendam que é preciso pensar de forma mais igualitária e a longo prazo.
Talvez assim tenhamos uma sociedade com menos índices de desigualdade social e com profissionais competentes, criativos e satisfeitos nas organizações.
Amanda Barcella
Graduanda em Ciências
Contábeis da Univates

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