A procura intensa da população lajeadense pela vacina contra a gripe deve garantir o cumprimento da meta de imunização antes mesmo do Dia D, agendado para 13 de maio. A data marca o dia nacional de mobilização em prol da imunização. O município prevê vacinar 20 mil pessoas, que pertencem ao grupo prioritário definido pelo Ministério da Saúde.
Coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Lajeado, Juliana Demarchi está satisfeita com os resultados dos primeiros dias. “Apesar de o município ter iniciado antes do calendário nacional, tivemos uma procura boa, vacinamos 17% do público-alvo.” Ela acredita que se a média for mantida a meta de imunizar 90% do público-alvo será alcançada logo.
Juliana demonstra preocupação apenas com relação às gestantes, as quais, segundo a coordenadora, mostram mais resistência para receber a vacina. “É um apelo que fazemos, para que elas venham. Acreditamos que elas deixam de vir porque se preocupam com o desenvolvimento da gestação.”
Ela afirma que a vacina é segura, para a mãe e para a criança. “A vacina da gripe é de vírus inativado, então ele não provoca nenhuma reação, pelo contrário. É ela que vai proteger o bebê até o sexto mês de vida.”
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Proteção tripla
Quem receber a vacinação estará imunizado contra três tipos de vírus, H1N1, H3N2 e Influenza B. Os dois primeiros transmitem a chamada gripe A, enquanto o último infecta com a gripe normal. “A diferença é que a primeira é mais agressiva e mais propensa a desencadear casos graves.”
A orientação a quem faz parte do público-alvo é se imunizar o mais rápido possível para garantir a eficiência da dose. “Quanto antes fizer a vacinação melhor, porque a vacina demora de 15 a 21 dias para ter o seu pico de atuação.”
Nos primeiros dias, os principais interessados em tomar as doses foram pessoas com doenças crônicas. Outro grupo que tem buscado a imunização é formado por pessoas com mais de 60 anos. Além deles, fazem parte do público-alvo: indígenas, crianças de 6 meses até 5 anos, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, presidiários e funcionários de presídios, adolescentes que cumprem medida socioeducativa em liberdade e professores da Educação Básica até o Ensino Superior.
Sem choro. Assim a pequena Amanda, de 2 anos e 11 meses, recebeu a vacina ontem à tarde. Acompanhada da mãe, Ivanice Oliveira da Silva, 35, ela foi imunizada contra gripe pela primeira vez. “Acho importante, pelo menos ela não tem uma gripe forte. Ela nem reclamou.”
Ivanice disse ter interesse em receber a dose caso seja liberado em algum momento. Quem não está no grupo prioritário precisará desembolsar R$ 170 para receber a dose na rede particular. Diferente da aplicada na rede pública, a usada na clínica é tetravalente e não tri.
No ano passado, a região da 16ª CRS registrou 38 casos de contaminação pelo vírus Influenza A, com duas mortes. Em todo RS, foram 1,3 mil casos e 209 mortes.
