Famílias pedem vagas na Educação Infantil

Teutônia

Famílias pedem vagas na Educação Infantil

Lista de espera em Teutônia tem 72 inscrições

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Famílias pedem vagas na Educação Infantil
Teutônia
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A histórica falta de vagas nas escolas de Educação Infantil exige mudanças. Famílias aguardam intervenção do Executivo. Secretaria de Educação estabelece estratégia para atender a demanda. Retomada da obra de uma creche no bairro Alesgut está em licitação. Até a reestruturação, a comunidade precisa deixar as crianças com familiares, ou cuidadores informais.

Para matricular os filhos em uma creche, os pais encaram uma maratona. A lista de espera nas três escolas municipais registra 72 crianças. As vagas são ofertadas para famílias com renda de até três salários mínimos, empregadas e moradoras na cidade há mais de dois anos. Nos educandários não há cobrança de mensalidade, apenas contribuição voluntária ao Círculo de Pais e Mestres (CPM). A rede municipal tem unidades em Canabarro, próximo à Calçados Beira Rio, na Vila Popular e no Alesgut.

Pai critica falta de vagas

Beto Luis Sosmeier, 27, e a esmulher Samanta Krieger Sosmeier, 23, ficaram dois meses sem conseguir vaga para o filho Murilo Gabriel, de 2 anos. Eles residem na Vila Popular e tentaram inscrição na escola ao lado de casa, a Meu Cantinho. Entretanto, a direção impediu o cadastro na lista de espera porque a mãe ainda estava desempregada.

Essa regra é criticada. “Se alguém for chamado para o emprego, não tem onde deixar o filho.”

Enquanto não conseguiam vaga, deixaram Murilo com a avó. Buscaram a inscrição até em creche do bairro Languiru, a cerca de quatro quilômetros. Sosmeier tentou agendar conversa com o prefeito para tratar sobre o assunto.

Depois de um mês sem resposta, usou o Facebook para expressar a indignação. Logo após o comentário, foi chamado no bate-papo da rede social por Brönstrup. No fim de março, foi chamado na escola Pequeno Mundo, de Canabarro.

O casal critica a situação. “Acredito que nessa fase as crianças se desenvolvem bastante, aprendem muito.” Na opinião do pai, é visível a diferença quando as crianças estão fora da escola. “A falta de vagas é um descaso. Tem uma escola do lado de casa e não consigo matricular meu filho. Tenho de levar ele de carro para a creche que fica mais retirada.”

Executivo projeta mais vagas

Resolver o problema é uma das propostas no plano de governo. O primeiro passo é a criação de uma central de vagas elencando as nove escolas comunitárias e três municipais. O objetivo é ter cadastro completo dos matriculados e da lista de espera. O sistema deve facilitar transferências, garantindo que as crianças estudem o mais próximo de casa.

A Secretaria de Educação tem projeto para ampliar a infraestrutura de um educandário. Entretanto, as dimensões da obra, localização, projeção de despesa, número de vagas, prazo para início e previsão de término não foram revelados. A retomada da creche no Alesgut está em licitação. O projeto inicial do educandário, elaborado em 2014, previa prédio para atender até 250 crianças sem cobrança de mensalidade. As nove escolas comunitárias e três municipais somam 1.486 alunos. Na rede municipal, estão matriculados 249 crianças e a lista de espera registra 72.

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