Um mês e meio após morte,  parque segue sem iluminação

Lajeado

Um mês e meio após morte, parque segue sem iluminação

Principal área de lazer da cidade aguarda por melhorias

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Um mês e meio após morte,  parque segue sem iluminação
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O Parque Professor Theobaldo Dick continua com a energia desligada. O Executivo cortou a luz da área faz quase dois meses, quando o morador de Guaporé, Sidinei Borges do Amaral, morreu após sofrer uma descarga elétrica dentro da cancha de areia.

O fato aconteceu no dia 23 de fevereiro. Amaral participava de um jogo do Campeonato Regional de Futebol de Areia, promovido pelo Serviço Social do Comércio (Sesc) em conjunto com o poder público municipal.

Desde então, a energia elétrica do Parque dos Dick está desligada. À noite, frequentadores e pedestres da rua Santos Filho agora enfrentam a escuridão naquela área, ponto de recorrentes assaltos e furtos também durante o dia.

O secretário de Obras e Serviços Urbanos (Sosur), Cassiano Jung, não soube precisar um prazo de conclusão das melhorias. “No momento, está em processo de compra dos materiais para as adequações.”

Entre as medidas adotadas pelo poder público, Jung cita o aterramento da área do parque. “Como solução indicada no laudo para garantir segurança, o governo executará o aterramento adequado de todos os postes do local, bem como instalará dispositivos DRs, que desarmam a corrente quando há problemas, evitando choques.”

Jung informa que foi feita vistoria completa das situações elétricas do parque, incluindo um laudo técnico do engenheiro eletricista contratado pelo município. A partir disso, diz ele, serão tomadas medidas para adequações das instalações elétricas do local. “O mesmo foi feito no Parque do Imigrante, com acompanhamento de engenheiro eletricista da prefeitura.”

PC investiga a morte

O secretário de Cultura e Esporte de Lajeado (Secel), Carlos Reckziegel, afirma que hoje o Executivo encaminha ao delegado Juliano Stobe ofício com as informações referentes ao evento Curta o Verão Lajeado 2017. “Nós entramos com a estrutura, e o Sesc com as inscrições e serviços de arbitragem”, resume o agente público.

Conforme o delegado, a Polícia Civil trabalha com a possibilidade de homicídio culposo. “Vamos ouvir o secretário e demais servidores envolvidos na organização do evento. Já ouvimos o servidor que desligou a energia no dia fatídico, e ele confirma que é impossível garantir 100% de segurança”, afirma Stobe.

Além disso, explica ele, outros fatores teriam potencializado os riscos naquele local. “Foi possível averiguar que a instalação de postes de aço dentro da cancha, que estava molhada, é inadequado. E também que a condução de energia era muito alta naquele local”, conclui. O inquérito deve ficar pronto nas próximas semanas.

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