Oposição critica forma de descarte no aterro

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Oposição critica forma de descarte no aterro

Vereadores alertam para falta de separação

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Oposição critica forma de descarte no aterro
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O clima amistoso entre o Legislativo e Executivo, que marcou as primeiras sessões do ano, ficou de lado ontem. Os oposicionistas usaram os pronunciamentos para criticar as ações do governo de Marcelo Caumo.

Paulo Tori (PPL) ressaltou os problemas com o descarte de lixo Na sequência, citou a ação do Projeto Viva o Taquari Vivo, que recolheu cerca de quatro toneladas de lixo das margens do rio no sábado, 25. Tori questionou o destino dado aos materiais.

Na sequência, apresentou imagens do depósito de lixo seco, mostrando descarte de objetos variados como sofás, fogões e celulares. Tori garantiu ter visitado o local na sexta-feira, 24. “Toneladas de lixo jogadas no depósito seco. Foi descartado sem cuidado.”

Tori acusou a administração de tentar esconder o problema no dia seguinte. “Funcionários estavam trabalhando no sábado de manhã, fazendo hora extra, para esconder o lixo.” O vereador garantiu ter levado o caso ao Ministério Público (MP).

Líder do governo na câmara, Mozart Lopes (PP) reconheceu o problema e lembrou que o local precisa de lei específica para funcionar de forma correta.

Corte de passagens

Outro parlamentar que mostrou incômodo com o novo governo foi o líder da bancada do PT, Sérgio Rambo. O primeiro ponto levantado por ele foi a falta de vagas na Educação Infantil. De acordo com Rambo, pais reclamam de falta de matrículas para os filhos. “Foi criada muita vaga na imprensa, mas não paramos de receber pedidos.”

Citou ainda o corte de passagens para estudantes do bairro Igrejinha. O tema repercutiu quando o presidente da casa, Waldir Blau (PMDB), não poupou críticas à secretária de Educação Vera Lucia Plein.  “Ela perdeu o bom senso, e esperamos que ela venha aqui se explicar.”

“Crianças precisam ir a pé e a secretaria se deu ao luxo de pegar o carro da prefeitura para medir o trajeto e dizer que não dá três quilômetros.” Ele propõe a criação de uma lei que permita transporte para crianças que morem em uma distância menor.

O único a defender o governo foi Carlos Ranzi (PMDB), que culpou a gestão anterior pelo corte das passagens. “Não fosse o ônibus estragado na última gestão, que não tem condições para atender a população, essas crianças poderiam ser atendidas.”

Projetos aprovados

Lopes pediu acordo para apreciar projetos do Executivo. As propostas poderiam ser analisadas na próxima semana. Como os textos não geraram impasse, os vereadores anteciparam a votação.

Foram aprovados seis projetos. O primeiro obriga que conste nos comprovantes de pagamento do rotativo o percentual repassado ao município.

Das outras cinco matérias, quatro tratavam de repasses a entidades. Foram beneficiados o Fundo Municipal da Criança e Adolescente, Fundeb, Slan e FundeF. Por fim, a FundeF está isenta do pagamento de taxas municipais.

Notícia Falsa em Debate

Em seu pronunciamento, Marquinhos Schefer (PMDB) questionou a ação dos Conselhos Tutelares. “O Estado tem que devolver o poder pátrio para os pais educarem seus filhos segundo o sistema antigo.”

Schefer criticou também as ações de especialistas em proteção de crianças e adolescentes. “Nenhum intelectual tem moral para ensinar um pai a educar o filho.”  A posição de Schefer foi questionada por Waldir Gisch (PP), segundo o qual o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) veio para combater abusos. O mesmo discurso foi adotado por Ildo Salvi (Rede).

Toda a discussão foi causada em razão da notícia de que o Conselho Tutelar pediu a prisão de um homem que foi filmado ensinando o trabalho de pedreiro para o filho. Porém, a notícia é falsa e foi desmentida pelo site Boatos.org nesta semana. Nenhum vereador chamou atenção para o fato de a notícia em debate ser falsa.

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