Mais de 300 manifestantes participaram na manhã de ontem de protesto contra a Reforma da Previdência. Representantes de diferentes categorias saíram em caminhada do Posto Faleiro e percorreram as principais ruas do centro de Lajeado.
O objetivo do ato foi esclarecer a população quanto ao retrocesso gerado pela reforma proposta pelo governo federal. Eles convocaram a população a se posicionar contra o projeto. Além disso, cobram um estudo sério e detalhado na Previdência Social antes de propor mudanças no modelo vigente.
“O governo fala em rombo na Previdência, mas sabemos que isso é controverso. Não houve um estudo detalhado. Constataram que existe problemas no caixa e apresentam uma proposta que ferra com o trabalhador”, afirma a conselheira do 8º Núcleo do Cepers, Luzia Hermann.
De acordo com ela, as organizações pretendem alertar a população e pressionar representantes políticos para barrar o projeto. “Precisamos fazer muita pressão. A partir de agora, vamos dialogar com os vereadores para ingressar nessa luta e ajudar a pressionar deputados a rejeitar o projeto.” Novos atos devem ocorrer nos próximos dias.
Conforme a vice-presidente do 8o núcleo do Cpers de Estrela, Lidia Spelmeier, o movimento é apolítico. “O chamamento é uma determinação, uma agenda acordada em Brasília pelo Conselho Nacional de Educação que em março aderiu à greve por tempo indeterminado.”
Ela chama a atenção para a necessidade de ampliar a participação da sociedade nessa luta. “É preciso que as pessoas deixem de se acomodar e lutem.”
O estudante de Cruzeiro do Sul, Emanuel Gideon Couto da Silva, 16, defende a união das diferentes categorias para barrar a proposta. “As pessoas devem sair de casa exigir seu direito. Hoje falta força de vontade.”
Conforme ele, muitas pessoas ficam inertes, nas suas residências, exigindo melhorias e criticando quem luta. “Na verdade, essas pessoas deveriam se juntar aos movimentos contra a Reforma da Previdência.” Junto com Emanuel, uma turma de estudantes do município participou do ato.

Ato fez parte da paralisação nacional e reuniu sindicatos de diversas categorias e estudantes da rede estadual
Paralisação nas escolas
Professores de escolas de Lajeado, Estrela, Bom Retiro do Sul, Canudos do Vale, Progresso, Santa Clara do Sul, Cruzeiro do Sul, Taquari e Tabaí interromperam as atividades ontem. De acordo com o 8º Núcleo do Cpers de Estrela, das cerca de 80 escolas do Vale do Taquari, oito a dez aderiram ao dia de paralisação.
Greve nacional
Cerca de 22 capitais e o Distrito Federal tiveram o dia marcado por protestos contra a Reforma da Previdência. Os atos promovidos pelas centrais sindicais criticam a proposta apresentada pelo governo federal.
No RS, os atos ocorreram em diversas cidades. Em algumas, a manifestação teve adesão dos trabalhadores de transporte coletivo.