Opositores impedem votação de reajuste

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Opositores impedem votação de reajuste

Governo pediu acordo, mas quatro partidos negaram

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O reajuste do funcionalismo gerou polêmica na sessão de ontem. A proposta estava prevista para ser votada na próxima semana, porém, o líder do governo, Mozart Lopes (PP), queria que o projeto já fosse apreciado pelos vereadores. Para isso, era necessário um acordo entre líderes dos partidos no Legislativo, o que não foi possível devido à postura de quatro siglas (PTB, PPL, PT e PDT).

Uma das reclamações da bancada oposicionista foi o momento em que o projeto chegou à casa. O texto foi enviado às 17h de ontem, tempo considerado curto pelos vereadores para avaliar a matéria. Além disso, o grupo alegou receber uma série de reclamações de servidores insatisfeitos com a proposta de 5,3% de reajuste, índice abaixo da inflação acumulada dos últimos 12 meses.

No pronunciamento inicial, Sérgio Kniphoff (PT), traçou um paralelo entre a postura dos sindicatos municipais em 2016 com o momento atual. “Quero parabenizar o secretário da Fazenda, Guilherme Cé, que conseguiu negociar um aumento abaixo da inflação com o sindicato.” O vereador lembrou ainda as ações de servidores quando o governo de Luís Fernando Schmidt apresentou uma proposta também abaixo da inflação.

Durante o intervalo, o grupo formado pela bancada do PT, juntamente com Neca Dalmoro (PDT) e Paulo Tóri (PPL), discutia com o diretor-geral do regime de previdência do município, André Johan, sobre o projeto do Executivo. Os parlamentares debatiam a necessidade de votar o projeto na sessão de ontem para que os servidores recebessem o reajuste na folha de março. Johan, que está de férias e não é sindicalizado, declarou aos vereadores que “muitos servidores estão insatisfeitos com o reajuste.”

Líder da bancada petista, Sérgio Rambo destacou que os servidores não seriam prejudicados caso a matéria fosse apreciada na próxima semana. “Vai dar tempo de rodar a folha. Isso é questão de afogadilho para tirar o foco da discussão.” Após o intervalo, as bancadas do PTB, PPL, PT e PDT, decidiram não fechar o acordo de liderança para votar o projeto.

Segundo Kniphoff, os vereadores não podem interferir no índice de reajuste oferecido pelo governo. De acordo com ele, além do projeto ter chegado em cima da hora para apreciação, representantes do funcionalismo adotam uma postura crítica frente ao texto do Executivo.  “Recebemos várias manifestações de servidores, se mostrando contrários a esse reajuste, inclusive pedindo que votássemos contra.”

O descompasso entre sindicato e servidores ocorre porque a categoria não teria se reunido antes de aprovar proposta do governo. “Os servidores só vão conseguir mudar esse índice se chamarem uma assembleia para debater o reajuste, o que eles disseram que não houve”, relata Kniphoff.

Projetos aprovados

Na ordem do dia, três projetos com origem na Câmara de Vereadores foram aprovados por unanimidade. Além disso, o acordo de líderes permitiu que o projeto do Executivo que prevê a contratação emergencial para creches fosse aprovado, também de forma unânime.

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