Ministro admite reduzir prazo para obra de duplicação na BR-386

Vale do Taquari

Ministro admite reduzir prazo para obra de duplicação na BR-386

Maurício Quintella Lessa afirmou que modelo pode ser revisto

Ministro admite reduzir prazo para obra de duplicação na BR-386
Vale do Taquari

O ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella Lessa, admitiu que o modelo de concessão previsto para a BR-386 pode ser alterado. A afirmação foi feita na manhã de ontem, durante entrevista à rádio Gaúcha. O ponto mais questionado da proposta é o tempo para o início das obras de duplicação da rodovia.

De acordo com o modelo apresentado, os pedágios seriam instalados por 30 anos, mas as obras de duplicação iniciariam depois dos 12 primeiros anos de concessão. Lessa garantiu que o ministério pode modificar o modelo para que os investimentos comecem antes. “O ministério está sensível para todas as colocações que foram feitas. Se for preciso, vamos modificar o projeto para que esses investimentos sejam feitos o quanto antes.”

A definição sobre o modelo deve ser tomada após a audiência pública agendada para o dia 16, na Univates. O ministro disse que as reivindicações da comunidade foram determinantes para o governo flexibilizar a posição sobre os contratos de concessão.

“A maior crítica foi de o investimento ser apenas no 12º ano”, afirmou Lessa ao lembrar os encontros ocorridos nas últimas semanas.

Destacou ainda a importância da rodovia para a economia do estado e a influência dela na concessão de outras. “A BR-386 é importante para o escoamento da produção e está vinculada à concessão da 116.”

Comunidade cobra mudança

A possibilidade aberta por Lessa vai ao encontro da postura adotada pelos líderes da região, que definiram nessa segunda-feira a postura do Vale à audiência pública do dia 16. Na reunião, o grupo decidiu que, caso a Associação Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) não altere o edital de concessão, a instalação dos pedágios não será aceita.

O projeto original prevê até quatro praças de pedágio na rodovia. Elas seriam instaladas entre Tio Hugo e Canoas, sendo uma em Fazenda Vilanova. Representantes da classe empresarial calculam que isso aumentaria os custos de logística, trazendo prejuízos econômicos para a região. Eles criticam também a falta de transparência por parte do governo federal e da ANTT.

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