A moradora de Lajeado, Jucelaine Soares, tem dois filhos matriculados na Escola Municipal Pedro Welter, do bairro Floresta, quase às margens da ERS-130. Com dificuldade para garantir transporte público para as duas crianças desde outubro do ano passado, ela também se queixa do fim do turno oposto e cobra agilidade na contratação de novos professores.
A situação também repercute em outros bairros, entre esses, o bairro Conventos. “Antes havia o turno oposto. Sem essa possibilidade, preciso arranjar um jeito de buscar meus filhos ao meio-dia. E não tem ônibus ou transporte público para isso. E estamos falando de uma das escolas mais distantes da área central”, reclama.
Ela faz questão de enaltecer o esforço da direção e dos professores da Pedro Welter. Cobra, de fato, ações por parte da Secretaria Municipal de Educação (SED). “A escola faz a parte dela. Mas quem define e decide as contratações é o pessoal da prefeitura”, reitera ela, que mantém os filhos faz três anos no educandário.
Na semana passada, os estudantes da Pedro Welter estavam sendo atendidos dentro do ginásio da comunidade, em função do atraso nas obras de construção de quatro novas salas de aula. Esse problema, conforme a diretora, Ruth Fagundes dos Santos, foi resolvido na segunda-feira. “As obras foram concluídas naquelas salas, e a comunidade auxiliou na mudança dos móveis.”
Ainda de acordo com a diretora, ainda falta concluir uma série de melhorias na ampliação da escola. “Acreditamos que até o fim de maio ou início de junho esteja tudo concluído.” As obras iniciaram em dezembro de 2016, com prazo de oito meses para serem finalizadas.
Ampliação da Pedro Welter
Todos os 125 alunos da escola estão sendo atendidos dentro de salas de aula. Por ora, está concluída a etapa 1 do projeto de ampliação. Totaliza 218,5 metros quadrados distribuídos nas quatro novas salas de aula. A etapa 2 ainda está em execução.
No total, serão mais 364,38 metros quadrados de edificações, entre biblioteca, dois banheiros destinados aos alunos, um banheiro para os professores e servidores, sala multiuso, almoxarifado, secretaria, sala da direção, sala dos professores e sala de informática.
Além disso, permaneceram do antigo prédio da escola, que em parte foi demolido, uma sala de aula, outra que abriga os professores, secretaria e direção, um salão, refeitório, cozinha, lavanderia e banheiro. Além disso, uma rampa foi construída no local, interligando o pátio ao refeitório.
Déficit de professores
Na semana passada, matéria do jornal A Hora divulgou a carência de professores, monitores e estagiários nas escolas de ensino Infantil e Fundamental do município. Na ocasião, verificou-se a falta de dez professores nas escolas de Ensino Fundamental, 21 profissionais para turno integral e monitoramento de alunos incluídos e ainda 19 profissionais para creches.
De acordo com o diário eletrônico do governo, nas últimas duas semanas, foram chamados dez professores de séries iniciais e cinco monitores de creches. Todos serão contratados mediante concurso público, já realizado no ano passado. A Secretaria de Educação não soube precisar os números atuais referentes ao déficit de profissionais.