O aluguel poderá virar passado na história do Corpo de Bombeiros. O Executivo garante que encaminhará nos próximos dias à câmara um projeto para a doação de um terreno municipal à corporação.
O espaço de 30 por 50 metros, situado na rua Nicolau Junges, bairro Montanha, deverá sediar o quartel próprio dos bombeiros. Desde a sua fundação, faz 12 anos, a corporação luta por um espaço próprio, e o município promete a doação.
Algumas áreas até foram colocadas à disposição, mas acabaram não sendo doadas. O dilema obriga a entidade a desembolsar recursos próprios para manter a sede.
Inicialmente, o valor era dividido com o município. Mas faz cerca de quatro anos que o dispêndio total é abarcado pelos bombeiros. Hoje, o aluguel do local – nas proximidades do terreno que será doado – custa cerca de R$ 14 mil. A verba é retirada do Fundo de Reaparelhamento do Corpo de Bombeiros (Funrebom).
Dinheiro que poderia ser usado no aperfeiçoamento do pessoal e melhora do aparelhamento. “Finalmente estamos chegando à solução. Faltam alguns detalhes”, comemora o comandante da corporação, tenente Valdinei Rosa.
Sem verba pública
No ano passado, o terreno foi cedido por dez anos pelo município em forma de comodato. Esse sistema não permite o repasse de recursos pelo Estado e União para a construção do prédio. “Não sabíamos disso, só fomos informados depois. Assim como está, não há possibilidade de o Estado investir no local, já que o município pode reavê-lo mais tarde. Precisa ser algo permanente”, explica.
Por isso, os bombeiros iniciaram tratativas com a nova gestão. O prefeito Marcelo Caumo trata o tema como prioridade, aponta o secretário de Segurança, Paulo Roberto Locatelli. Ele afirma, inclusive, que a Secretaria de Planejamento tem condições para fazer o projeto da obra.
Construção
As instalações não são suficientes para o trabalho da corporação. Por isso, o novo prédio deverá ser maior.
Rosa afirma que já há um esboço do novo quartel, e licenciamento ambiental para a construção. Com dois pavimentos, o local deve ter 850 metros quadrados, mais as garagens. Compreenderá os setores administrativo, operacional e técnico, com cerca de 25 servidores.
Assim que aprovado o projeto de lei, Rosa pretende encaminhar a abertura de licitação, para contratação de empresa que concluirá o projeto, e depois, para a obra.
Os trâmites ficarão a cargo do município, que administra o Funrebom, mantido com valores obtidos por meio de licenças e alvarás.
Hoje, há em caixa no fundo cerca de R$ 1,2 milhão que serão usados para a construção do prédio. “Acreditamos que será suficiente para boa parte da obra. Se der tudo certo, iniciaremos no segundo semestre.”