A universalização das novas tecnologias facilitou um velho hábito dos jovens: escutar música em alto volume. Seja no computador ou no smartphone, basta plugar os fones e acionar a playlist. Em segundos vêm o relaxamento, a concentração ou animação, mas também o perigo.
Estima-se que mais de 10 % da população já tenha algum grau de perda auditiva e a incidência é crescente entre pessoas mais novas.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1,1 milhão de adolescentes e jovens adultos correm risco de ter alguma perda de audição, devido aos maus hábitos sonoros.
Dentre eles estão, ouvir música alta por muito tempo, ou se expor a níveis sonoros prejudiciais em locais como bares, discotecas e eventos esportivos.
Intensidades a partir de 85 decibéis, por cerca de oito horas diárias, já trariam problemas gradativos ao sistema. Porém, alguns adolescentes chegam a escutar música em tom acima dos 90 decibéis, durante horas.
No início provoca desconforto. Depois, zumbidos. E por fim, o estímulo persistir, vem a perda total da audição.
Cuidados
Para afastar-se do perigo, além de deixar de lado o fone de ouvido, é preciso manter bons hábitos alimentares, praticar exercícios físicos, ter qualidade de sono, diminuir o estresse, não fazer uso de auto-medicação e ao frequentar locais barulhentos, usar protetores auriculares.
Outra ação importante, é a avaliação auditiva frequente, que pode auxiliar na detecção precoce de qualquer doença. “Ao sentir sintomas como dor, zumbido, dificuldade para ouvir e tontura é necessário procurar um médico o quanto antes”, aponta a fonoaudióloga Sandra Weber.
Alerta
Otites internas (labirintite), médias e externas também são um alerta. Caracterizada pela inflamação do ouvido, a doença é tratada com medicação e às vezes cirurgia.
Porém, de acordo com a fonoaudióloga Sandra Weber, a maior parte dos problemas de audição são irreversíveis e somente o uso de aparelhos auditivos auxilia na reabilitação.
Além de exposição ao ruído, o excesso de açúcar no sangue, envelhecimento e doenças hereditárias também são fatores de risco.