Uma proposta controversa quer permitir três dias de folga às mulheres durante o período menstrual. O projeto, de autoria do deputado Carlos Bezerra (PMDB/MT), tramita na Câmara desde o fim do ano passado. Na justificativa, o parlamentar garante que a medida tem respaldo científico.
De acordo com Barbosa, “o afastamento é defendido por médicos levando-se em conta as alterações sofridas pelo corpo feminino durante esse período.” O parlamentar se baseia em medidas adotadas em outros países, como uma pequena empresa britânica citada em matéria do jornal Folha de São Paulo.
No texto, Barbosa afirma que 70% das mulheres tem queda de produtividade no período menstrual. A ginecologista Daiane Bonella Coltro, reconhece as dificuldades enfrentadas por muitas mulheres, mas chama atenção para a necessidade de tratamento. “Muitas têm dores, fluxo aumentado, retenção líquida, e tudo isso é real. Tem algumas que sofrem com a questão da TPM. Todas precisam ser tratadas.”
De acordo com Daiane, cada mulher reage de forma diferente, e muitas têm utilizado anticoncepcionais contínuos para evitar a menstruação.
O projeto de Barbosa tramita em caráter definitivo, isso significa que ele precisa apenas ser avaliado em três comissões para começar a valer como lei.
Cuidado com o bem estar
Na avaliação da ginecologista, nos casos mais sérios, quando mulheres sofrem em demasia com cólicas, sangramentos e Tensão Pré-menstrual (TPM), é necessário a busca por tratamento. “Com avaliação médica, alimentação orientada por nutricionistas e exercício físico acompanhado por profissionais da área, tem como melhorar muito a qualidade de vida e sintomas.”
Daiane ressalta que o importante é o tratamento ao longo do período menstrual. “Não adianta dar os três dias de folga e não melhorar a vida da mulher ao longo do mês, porque não impacta só no trabalho mas também na vida pessoal e familiar.